sábado, 19 de dezembro de 2009

MONTESSORI

Tive a oportunidade de trabalhar em uma escolinha infantil Montessoriana,localizada no bairro Menino Deus em Porto Alegre, há 28 anos atrás. A diretora havia montado toda a estrutura, adequada aos pressupostos da grande educadora italiana. Trabalhei como monitora, assessorando uma professora e eventualmente, substituindo alguma outra. Nos 3 meses que estive por lá, pela teoria, somente duas professoras conseguiam realmente imprimir um enfoque Montessoriano ao seu trabalho com as crianças. As outras usavam dos materiais, mas com uma visão muito diretiva do trabalho. Quanto menores, mais impunham às crianças uma ordem padrão, para que todos as seguissem. Realmente, lembrando a professora Ana da interdisciplina de Psicologia, devemos tentar perceber se concordamos com a filosofia com a qual estamos trabalhando ou se somente somos obrigados a segui-la.

DIDÁTICA

Gostei demais de conhecer a filosofia dos grandes pedagogos que nos foram apresentados na interdisciplina de Didática. Já havia lido algo sobre eles, mas agora, pude me inteirar melhor. Freinet sempre me despertou entusiasmo. Embora, sendo repetitiva, sempre fico atônita como a ideologia das classes dominantes consegue abafar tão completamente idéias como as dele. Há alguns anos, apenas, conseguimos ouvir falar de suas teorias que já possuem muito mais de 100 anos!!! Suas aulas passeio me encantam, e sempre fiz isso com meus alunos. Realizar saídas para verificação de algumas opiniões que as crianças expressam em aula e a partir delas conseguir analisar vários outros elementos. Podem-se iniciar muito bons projetos através da observação da sua própria realidade circundante. Os cantinhos, infelizmente nunca pude realizá-los pois, as salas de aula por serem muito pequenas e cheias de alunos não comportam a estruturação dos mesmos. Além disto, nos falta muito material; só o que nós professores conseguimos trazer para sala de aula. Já tive oportunidade de trabalhar a correspondência, mas as análises feitas a partir dela não foram bem conduzidas. Realmente é uma oportunidade muito boa para se desdobrar a alfabetização e o letramento.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

DIDÁTICA

O último enfoque de didática sobre avaliação foi bastante importante para mim. As reflexões sobre avalição mediadora e classificatória foram muito esclarecedoras. Creio que dificilmente os professores tem coragem de revelar o quanto nos falta conhecimento teórico nessa área. Vivemos sob o impacto de uma avaliação classificatória, ainda..e por mais que se desenvolva uma trabalho com uma visão mais construtivista, a avaliação não consegue inúmeras vezes acompanhar esse caminho. Os sistemas de ensino, cobram avaliações quantitativas como prioridade. Não conheço uma escola, no meu município, em que os professores consigam avaliar somente com instrumentos mediadores, sem aplicação de testes ou provas. Realmente, existe uma força muito grande por parte das secretarias de educação municipais, que de forma sutil, colocam esse tipo de avaliação como importante. E o que vejo, são supervisores, que se consideram abertos, copiando e comparando conteúdos curriculares, inclusive de escolas particulares para não ficarem "atrás" das outras escolas. Quando coloco a possibilidade de projetos de aprendizagem, a partir dos interesses das crianças, logo vem a pergunta: - como farão um vestibular? Vê-se que o entendimento de preparar para vida segue uma linha elitista e portanto, avaliarprioritariamente quantitativamente não é uma atitude incoerente para esses professores. Outros questionam: - O problema é que não adiante ser assim somente aqui nessa escola! Há que se ter muita coragem para romper esse cerco.