domingo, 16 de maio de 2010

Teoria

A cada vez que faço minhas reflexões da semana, vejo o quanto a teoria é importante para nortear nossa prática. Volto e releio e, sinceramente, tenho me sentido mais segura e fortalecida nas atividades que desenvolvo com as crianças. Gostaria de fazer referência a uma reflexão que fiz em meu pbwork na semana 5 com relação aos meus aprendizados. "O meu grande aprendizado, quanto a isso, é que não se pode mais exercer uma prática sem mergulhar, também, na teoria. Teoria e prática não se opõem, como muitos afirmam tentando minimizar a relevância teórica. A afirmação de que "a teoria na prática é outra", pode até ser constatada, mas não justifica desqualificação da teoria. Uma joga luz sobre a outra e se transformam permanenetemente. Até porque a teoria não é para ser aplicada apenas, senão cairíamos nas raias do autoritarismo. A teoria é formulada, sempre, já a partir de uma outra prática que por sua vez também já modificou a teoria existente anteriormente. A teoria é utilizada para ser mediada, para ao encontrar a prática, ser refutada ou comprovada e a partir daí, auxiliar em tomadas de decisões a respeito de uma prática que venha mais ao encontro dos desejos de quem pratica." Ao praticar, procurar a teoria, relê-la, tenho encontrado vários pontos complementares entre vários pesquisadores e percebo que a teoria realmente facilita minha prática, me fornecendo subsídios para perceber mais claramente o que está acontecendo com as crianças, quais suas dificuldades e onde encontram facilidades que sobre as quais posso incidir. Apesar de eu ler bastante, sempre, após o PEAD, minha visão se ampliou. A forma como foi passada a teoria foi bastante didática e isso estou tentando repassar aos meus alunos. Uma forma simplificada de apreender a teoria.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Passos do PA

Quando realizamos o esboço de arquitetura pedagógica para esse ano, coloquei tudo o que realmente pensava fazer com as crianças para esse semestre. Logicamente, fiz as adaptações necessárias depois do início das aulas, após conhecer minimamente a turma. Tenho seguido todos os passos e estou cada vez mais encantada de utilizar o laboratório de informática. A atividade disparadora foi uma ida à Porto Alegre, onde visitamos vários locais, conforme já relatei em postagens anteriores, depois fiz uma atividade de recorte e colagem onde as crianças representaram através de uma imagem o que queriam pesquisa, ou seja, "conhecer mais sobre". Uma menina fez o papel de relatora e copiou do quadro as diversas perguntas. Mais tarde, um dos grupos elaborou sua pergunta, embora em vez de refiná-la, ampliou-a. Mas, sob meu ponto de vista está de acordo com seu pensamento infantil e de acordo com sua curiosidade. Os dois outros grupos ainda definirão as perguntas. Dois grupos pesquisarão sobre os aviões, dois sobre pintura e um sobre escultura. Para criar os pbworks das crianças, no entanto, tive de antecipar alguns passos, que havia previsto para depois e não havia me dado conta que eles precisavam vir antes. Primeiramente nós copiamos em um editor de textos uma lista de palavras solicitada sobre o passeio.(oportunidade de trabalhar ortografia) Depois criamos os e-mails de cada um da turma, em seguida criamos o pbworks de cada um, já abrimos a FrontPage com dados de identificação(também trabalhando letra maiúscula e minúscula em nomes próprios) e hoje eles inseriram um gif de flores na página para enfeitá-la. Não conheciam os gifs, ficaram fascinados. Quando inseriram, então, exclamaram, um "oh!" geral. Parecia que estavamos fazendo mágica.
Tenho ido quase todos os dias ao laboratório. E estou começando a tomar o gosto de trabalhar com as crianças no laboratório. Esse talvez esteja sendo o meu grande aprendizado no estágio. Vejo como as crianças se acalmam e progridem no manuseio das ferramentas existentes no computador. Além disso, criamos uma tabela que já havia sido feita no caderno. Viram como era fácil e prático. Fico contente, pois antes as crianças só desenhavam e jogavam, o que já era bom... mas com a internet as opções tornaram-se infinitas para o aprendizado do uso das tecnologias.

terça-feira, 4 de maio de 2010

As costuras de conteúdo.

Algumas vezes, me pego preocupada quanto a visão que os planos de aula provocam em quem os lê. Em uma primeira leitura, pode parecer que não há uma vinculação entre as áreas de conhecimento que estão sendo desenvolvidas. Mas na aula, eles se entrecruzam o tempo inteiro. Ocorre que nem sempre se consegue trabalhar sobre uma mesma atividade, durante todo o tempo, pois ela vai perdendo o gosto de novidade e as vezes se torna um pouco extensa. Mesmo as atividades que envolvem ludicidade, na dimensão da criação, e do prazer, como pintura, dança, música ou jogos, sempre, em uma turma, as individualidades se sobrepõem ao coletivo e temos de estar cuidando para que não perca seu sentido e cause agitação. Minha preocupação, é retornar ao assunto, até que se descubra um fechamento para ele, mas que esse já seja um pequenino gancho para a próxima atividade. Apesar de saber que não é o ideal cortar uma atividade, também sei que como educadores precisamos discernir entre o que é cortar e o que é aproveitar uma deixa para parar e transformar em estímulo a fim de que haja uma continuidade, em outro momento. Específicamente para a turma 142, oriunda de uma situação social de exclusão do acesso aos bens culturais, oportunizar-lhes novas formas de olhar a informação, transformando-a em conhecimento, em aprendizagem, requer muita calma. A procura dos vínculos entre as áreas ocorre em meio a muitas tentativas.