terça-feira, 4 de maio de 2010

As costuras de conteúdo.

Algumas vezes, me pego preocupada quanto a visão que os planos de aula provocam em quem os lê. Em uma primeira leitura, pode parecer que não há uma vinculação entre as áreas de conhecimento que estão sendo desenvolvidas. Mas na aula, eles se entrecruzam o tempo inteiro. Ocorre que nem sempre se consegue trabalhar sobre uma mesma atividade, durante todo o tempo, pois ela vai perdendo o gosto de novidade e as vezes se torna um pouco extensa. Mesmo as atividades que envolvem ludicidade, na dimensão da criação, e do prazer, como pintura, dança, música ou jogos, sempre, em uma turma, as individualidades se sobrepõem ao coletivo e temos de estar cuidando para que não perca seu sentido e cause agitação. Minha preocupação, é retornar ao assunto, até que se descubra um fechamento para ele, mas que esse já seja um pequenino gancho para a próxima atividade. Apesar de saber que não é o ideal cortar uma atividade, também sei que como educadores precisamos discernir entre o que é cortar e o que é aproveitar uma deixa para parar e transformar em estímulo a fim de que haja uma continuidade, em outro momento. Específicamente para a turma 142, oriunda de uma situação social de exclusão do acesso aos bens culturais, oportunizar-lhes novas formas de olhar a informação, transformando-a em conhecimento, em aprendizagem, requer muita calma. A procura dos vínculos entre as áreas ocorre em meio a muitas tentativas.

Um comentário:

Maria del Carmen disse...

Oi, Zila por isso é bom fazer um planejamento bem claro e flexível, assim podemos ir adaptando-o quando surja a necessidade.
Abraços