terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Estágio

Ao observar várias colegas falando que lá no estágio aprenderam algo, sobre o que não haviam pensado antes, fiquei me questionando. Creio que realizei várias aprendizagens, mas já havia pensado, de certa forma sobre todas elas. O que acontece, sob o meu ponto de vista é que as nossas percepções ficam mais aguçadas e centram o foco sobre determinados elementos. Naturalmente, que qualquer mudança na forma de se observar, ou se relacionar com o objeto do conhecimento é aprendizado. Também levamos para o estágio nossos conhecimentos prévios, como professores e toda a teoria acumulada durante o próprio curso. Por isso, sei que realizei muitas aprendizagens ao confrontar a teoria em minhas práticas pedagógicas. Mas reitero, não foram aprendizagens forjadas somente naquele momento.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Eixo 5 - conceitos

Na interdisciplina de Organização de Gestão da Educação, conseguimos conceituar globalização, neoliberalismo, política, política pública, políticas educacionais, estado e democracia. A democracia para se realizar necessita participação. Que as polícas públicas e consequentemente as educacionais, seguem a tendência de opção do Estado. Como vivemos sob um estado privatizado, as políticas passam a ser privatistas, também e não públicas. São decididas por poucos para muitos. Nessa interdisciplina trabalhamos, ainda a Educação Nacional e os Sistemas de Ensino, como acontece o financiamento nos estados e municípios. Há a necessidade de controle e fiscalização. Para isso contamos já com os conselhos da merenda e do Fundeb. Vimos ainda, a história da educação no Brasil, as Constituições Federais, o que contemplaram no âmbito da Educação e dentro disso, as diretrizes curriculares nacionais e a formação da docência e seu caráter profissional. Fica absolutamente claro que educação e política caminham juntas.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Eixo 4

Uma das pautas do eixo 4 foi a abordagem das representações de mundo, na Matemática, nas Ciências Naturais e nos Estudos Sociais. Particularmente gostei da denominação "representação de mundo" aplicada a essas áreas do conhecimento. Pois sabemos que não se abosorve a realidade em si mesma, mas a representação que se faz dessa realidade.
Em todas as interdisciplinas pode-se realizar o contato com a história, questionando as afirmações enquanto verdades absolutas, percebendo a transitoriedade dos fatos, dentro de determinado contexto de realidade econômica e social. Pôde-se enxergar muitos outro atores sociais, além dos que são apresentados, comumente, em livros didáticos.
Também os erros, foram tomados como fonte de reflexão por parte do professor, que tem o papel essencial de motivar o debate, o questionamento e a socialização de respostas e conclusões.

Eixo 3

No eixo três, tivemos interdisciplinas que abordaram música, teatro, literatura infanto-juvenil, artes visuais e ludicidade.
Todas elas apresentaram alguns conceitos e metodologias que possuíam muito em comum. Primeiramente, levar aos aprendentes a noção de que estas são áreas do conhecimento que não pertencem somente a um grupo de pessoas entendidas do assunto. A música e artes visuais são expressões de todo o ser humano, e portanto, cada indivíduo se relacina com elas de sua maneira, sem haver um certo ou errado. Segundo, todas são áreas de expressão do self . Os alunos, se trabalhados através delas, podem reconstruir identidades, podem entrar em contato com os sentimentos, não somente com a razão e podem desenvolver operatoriedade.
A ludicidade perpassa todas essas áreas. Permite que o indivíduo encontre seu ponto de intersecção entre o a realidade e o ilusório, entre o objetivo e o subjetivo, e nesse momento a criação acontece. Não há, em minha opinião, criação sem ludicidade. A criação traz prazer, traz tranquilidade.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Eixo II

O Eixo dois, para quem entrou no primeiro semestre de 2007, foi cursado juntamente com o Eixo I.
Trabalhou-se, inicialmente com o conceito de infância, través das diversas interdisciplinas daquele semestre. Tentou-se corporificar a infãncia na criança, inserindo-a em tempos e espaços específicos nas interdisciplinas deInfãncia de 0 a 10 anos e Escolarização, espaço e tempo na perspectiva histórica.A partir daí, na Psicologia, abordou-se a criança sob o ponto de vista da Psicanálise, reconhecendo sua constituição profunda nos connceitos de Id, Ego e Superego, e como esses poderiam se manifestar, considerando-se suas relações familiares e sociais. Viu-se, então conceitos essenciais como recalque, transferência, projeção e sublimação como componentes de neuroses. Constatou-se que essa situações podem se manifestar nas relações escolares e nas aprendizagens na escola. Viu-se também, que alguns métodos de alfabetização estão ligados a elementos da psicologia que apresenta possibilidades de aprendizagem pelo Empirismo ou pelo Apriorismo. Exemplos são os métodos sintético e analítico. Viu-se, ainda, quanto à criança que considerando sua dimensão histórica, ela pode estar situada nas camadas pobres ou nas camadas ricas. A vivência da infância nas duas classes ainda não é tranquila. Embora as crianças pertencentes às camadas ricas sejam muitas vezes obrigadas a dar conta de inúmeros cursos, que lhes roubam o tempo de lazer, ainda assim, estão acessando bens culturais importantes para o desenvolvimento do indivíduo, já as crianças pertencentes às camadas pobres, trabalham remuneradamente para contribuir na sustentação familiar e poucas vezes conseguem acessar os bens culturais. A escola, por sua vez, trabalha no sentido de preparar as crianças das camadas populares para a subordinação, enquanto as outras são preparadas para o comando.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Análise

Depois de muito pensar, julgo importante realizar algumas colocações que talvez contribuam para uma avaliação da estrutura do PEAD. Ao iniciar o tcc, neste segundo semestre de 2010, senti falta de haver uma interdisciplina, dentro do curso, com relação à metodologia de pesquisa, ou alguma coisa semelhante. Sempre coloquei considerei o conjunto de interdisciplinas muito interessante e necessário para o desenvolvimento da compreensão do fazer docente e do significado de ser pedagoga (o), e reitero minhas afirmações quanto a isso, porém nem sempre, durante o ardor do processo, nos damos conta do que poderia ser modificado, e só agora, a partir dessa experiência específica, pude constatar. Sei que professores e tutores sempre alertaram para as autorias, para levar em contas regras e normas da escrita científica, porém acho que deveria have um momento determinado para exercitarmos isso. Pude ver que tanto eu, como as colegas nos preocupávamos muito com o conteúdo a ser tratado. Com sua importância, significação, coerência, etc... Penso também que o seminário integrador, poderia se fazer suporte para o momento específico do tcc. Apesar de termos acesso às normas da ABNT, algumas vezes foi difícil enxergar em que item se encontrava tal referência ou citação. Os tutores e professores nos orientaram, mas penso que poderia haver um suporte extra. Fica a observação no sentido apenas de contribuição, pois sei que esse curso teve a peculiaridade de ser construído ao longo dele mesmo e que muitas vezes os idealizadores também encontram dificuldades materiais para sua execução.

domingo, 24 de outubro de 2010

Educação de Jovens e adultos

Desde as constatações realizadas na interdisciplina de Educação de Jovens e Adultos, não vi mudanças significativas no trabalho que vem sendo feito, salvo, claro algumas experiências em que professores mais comprometidos com transformações sociais, tentam implementar nova pedagogia. Continuo insistindo que as metodologias empregadas ainda repetem as que são desenvolvidas no ensino regular, que por sua vez não tomam em conta toda a cultura trazida pelos estudantes para dentro da escola.
Considerando-se a característica fundamental que os distingue de outros grupos, qual seja, a de trabalhadores estudantes, esta deveria ser profundamente explorada, a fim de contribuir na construção de suas identidades. Pela compreensão do significado do trabalho em suas vidas, de quais são as consequências positivas e negativas dessa condição, pode-se construir toda a relação com a educação, a fim de perceber qual a importância desta para a elaboração de consciência social em suas vidas.

Questões étnico-raciais

Relendo as postagens sobre as identidades negras e indígenas, me lembrei de um texto apresentado nos cadernos temáticos editados pela SEC, com o propósito de serem examinados para a potencialização dos Conselhos escolares, na época em que Olívio Dutra foi governador. Nele, é discutido o currículo e suas formas de abordagem. É citado o currículo turista, especialmente em Estudos Sociais, onde as questões étnicas são somente exploradas em momentos pontuais, próximos das datas comemorativas, como se as problemáticas que as envolvem somente despertassem interesse nesses momentos. Essa situação denota que não há uma verdadeira preocupação com os vínculos entre a escola e a sociedade. A escola continua se encastelando, prendendo seus alunos específicamente aos conteúdos que ela decide que sejam necessários ao crescimento dos mesmos. Talvez resida aí, uma das grandes dificuldades da relação com os alunos e suas aprendizagens, pois não há como gostar de frequentar um ambiente que não reconhece e muito menos acolhe as peculiaridades de cada sujeito. A escola pública é um lugar em que muitos negros são frequentadores, se não é levada em conta sua cultura, não é possível haver uma relação sadia e a construção de aprendizagem por parte dos mesmos.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

postagem 11 semestre2/2010 - a velhice

Quando estudamos os aspectos que cercam o processo de envelhecimento no Brasil, o que mais me chamou a atenção foi a contradição sempre presente na vida de todas as pessoas a partir da visão capitalista do lucro. Ao mesmo tempo em que as pessoas estão vivendo mais tempo, isso não é indicador de qualidade de vida. Os velhos pertencentes às camadas ricas conseguem desfrutar melhor desse momento, como sempre. Toda a indústria de consumo gerada ao redor do envelhecimento, como cosméticos, turismo, saúde, cirurgias, casamento, lazer beneficia por um lado, mas também apresenta sua conta. Muitas pessoas exorbitam sem noção de como bancar esse consumo. Os velhos e velhas das camadas populares vivem mais, mas o ônus é maior também, pois nos tempos atuais, precisam sustentar a família, ampliada pelos netos. Muitos continuam trabalhando não por que desejam, mas por necessidade. Sem conforto, passam a apresentar mais problemas de saúde. Uma pessoa em nosso sistema tem duas possibilidades, ser produtiva ou não ser. Espero que essa situação mude a médio prazo. Penso que as universidades possuem um papel importante nessa mudança. Poderiam ser criados grupos de estudo com pessoas mais velhas, não na perspectiva de convivência como está colocada agora, só com bailes. Considero importantíssima a fruição do lazer, mas não entendida só como distração. Penso que há várias formas de aprimoramento do ser humano na velhice. Atuação política, desenvolvimento artístico, ambiental, enfim..

postagem 10 semestre 2/2010 - aprendizagem de jovens e adultos

Ao reler as postagens sobre a aprendizagem de jovens e adultos, continuo validando o que escrevi naquela época. Gostaria, apenas, de dizer que ainda não vejo grandes modificações no trabalho desenvolvido com eles. Especialmente no Ensino Médio noturno, regular. As matérias são apresentadas com o único fim de preparação para o vestibular. Não existe a tomada prévia da identidade do grupo, de seus desejos e necessidades. A grande maioria trabalhadora, tem que trabalhar inclusive aos fins de semana em horários de dez a doze horas por dia. Quando chegam na aula, querem se relacionar socialmente e fazem pressão para sair mais cedo. Acredito que deveria ser colocada uma disciplina, com horário estruturado durante a semana, em que fosse trabalhado o aspecto lúdico, com criação, com o espaço para o encontro do grupo enquanto amizade. As disciplinas de sociologia, história e filosofia, deveriam trabalhar na perspectiva de formação política. (veja-se que não estou me referindo à política partidária)Deveriam montar estrutura para visitação à câmara de vereadores, a fim de se inteirarem da correlação de forças dentro da mesma, que assuntos são discutidos, enfim, trabalhar de forma a que possam realmente desenvolver o censo de cidadania.

postagem 9 semestre2/2010 - sociologia e política

Estive analisando as postagens feitas com referência às interdisciplinas de sociologia e política. Os conceitos, as interpretações daquele momento; ainda concordo com elas, porém gostaria de a partir do que foi visto e estudado, refletir como é importante para as pessoas, desde jovens terem a oportunidade de participarem de grêmios estudantis, para iniciar sua formação política desde cedo. Digo isso, porque vejo muitos colegas professores que mesmo trilhando uma trajetória de muito esforço pessoal, ainda acreditam que a responsabilidade é só sua. Não conseguem perceber as relações de opressão que permeiam toda a sociedade. Acredito que os sindicatos, as associações de classe deveriam extender a formação política o mais possível. A alienação tem conduzido à consequências desastrosas. Um exemplo claro, para mim é o fato de muitos professores lamentarem a obrigação de opção por projetos terceirizados. No entanto, na hora de votar não conseguem perceber que determinado candidato poderia, se fosse eleito, dar continuidade a eles e lhes dedica o seu voto. Como se eleição e sala de aula não se dissessem respeito

postagem 8 semestre2/2010 - as tics

A interdisciplina das tecnologias de comunicação foi importante abrir mais uma janela de possibilidades. Desde a escrita colaborativa até a construção de histórias em quadrinhos, com imagens, existem um mundo de recursos a serem explorados tanto por nós professores, como pelas crianças com quem trabalhamos. Aos poucos, fui buscando literatura, na área, que explicitasse a importância do uso das tecnologias. Na época, deixei claro em minha postagem que tinha dúvidas a respeito da importância da mesma. Infelizmente, assim era. Posso dizer que minha visão sobre o tema mudou a partir da entrada na faculdade e das interdisciplinas ofertadas sobre as tecnologias. A modificação aconteceu não só pela infinidade de recursos que se pode acessar, mas fundamentalmente por saber que também as tecnologias podem promover a modificação no processo educativo dentro da escola. Que ela também pode ser geradora de identidade, de autoconstrução, de autoria, de percepção do lugar social e gerar posicionamento crítico, também.
Quando realizamos a interdisciplina de educação com PNEEs, também pude ver com clareza, como a tecnologia auxilia a essas pessoas tanto na fase de escolaridade como na profissão.

domingo, 10 de outubro de 2010

postagem 7- semestre2/2010 - a representação do mundo pela matemática

Esta foi uma interdisciplina da qual gostei muito. Obtive bons esclarecimentos quanto ao trabalho com crianças de séries iniciais. Na época, lecionava para 1ª série e 4 série. Pude desenvolver algumas práticas com essas duas turmas, as quais me fizeram enxergar resultados importantes, no sentido de oferecer cada vez mais materiais concretos para manipulação e criar atividades que estivessem mais relacionadas à suas idades. Cada vez tenho mais segurança no trabalho da área de matemática com a faixa de 07 a 10 anos. A associação com as teorias de aprendizagem, estudadas na interdisciplina de psicologia, me devolveram a tranquilidade para me posicionar frente à escola e voltar com a turma até onde julgo que há necessidade de retomar o conhecimento manifestado. Gostei bastante da atividade em que todos os polos fizeram uma listagem de atividades para serem aplicadas com as crianças e as quais tivemos acesso para comentar. Formou-se aí um formidável banco de atividades as quais recorro, de vez em quando. De lá para cá, procurei participar de oficinas da área, quando oferecidas pela escola, e pude aprender o manejo do material dourado para a realização das operações. Esse é um material muito simples de ser manejado e permite várias atividades.

postagem 6- semestre2/2010 -as tecnologias em 2008/1

No primeiro semestre de 2008, tive a oportunidade de aprimorar o trabalho em PowerPoint e tivemos duas atividades com a linha do tempo que foram feitas na xtimeline. O curso sempre teve como tônica, apresentar tarefas que exigissem o acesso a diferentes recursos da tecnologia. Considero uma pena que não há tempo para explorarmos mais muitas possibilidades que nos foram apresentadas. A cada dia, se criam novos recursos e nós como professores de escola pública, continuamos sem tempo para a apropriação dos mesmos. Para se dominar a tecnologia, infelizmente não basta exercitá-la apenas uma vez. O mesmo vale para as crianças, pois embora tenham mais facilidade para as aprendizagens tecnológicas, se não conseguem praticar realizando tarefas diárias, acabam esquecendo o processo. As crianças frequentadoras da escola pública, muitas vezes só tem acesso ao computador na escola. Se a escola não lhes oferece o acesso sistematicamente, não há como desenvolver o domínio. Os pequenos não conseguem ir às lan houses pois não tem dinheiro ou os pais não permitem.
No momento, na escola onde realizei o estágio, os computadores estão todos desligados, novamente, já há mais de um mês, pois para serem instalados os novos, a escola depende dos técnicos que são encaminhados pelas prefeituras que por sua vez precisam do aval do governo federal. Os cursos para professores também ainda possuem número escasso de vagas além de serem oferecidos em lugares de difícil acesso.

postagem 5 - semestre 2/2010 - ludicidade

Quando se fala em ludicidade, vejo muitos colegas identificando o conceito com brincadeiras, somente. A brincadeira traz consigo, essencialmente, a dimensão lúdica, porém, no meu parecer, todas as atividdades relacionadas às artes visuais, por exemplo, trazem consigo o aspecto lúdico, também. A dança, a música, a poesia, enfim, todas as manifestações artísticas são calcadas na ludicidade, a meu ver. O momento da criação, em qualquer área, é o momento do encontro entre o subjetivo e objetivo, é o estado de repouso, assim denominado por Donald Winnicott. É o momento do encontro consigo, a que muitos psicólogos chamam de self. Nesse estado não há competição, não há preocupação. É uma pena que muitas brincadeiras ainda estejam baseadas na competição. O esporte, com sua profissionalização cada vez maior, perdeu o aspecto lúdico; a violência nos estádios e entre torcidas, fora deles, é um indicativo marcante dessa situação. Quando há objetivos muito rigorosos estabelecidos, cria-se um estado de ansiedade contrário a uma das dimensões da ludicidade que é a tranquilidade.

postagem4- semestre2/2010 - artes visuais

Embora já se tenham passados três anos, não vi muitas modificações na forma como é apresentada a área de Artes Visuais nas escolas. Na escola em que trabalho no município, já dá para ver alguma diferença, mas ainda não chega a se constituir no que se chama uma proposta triangular. A maioria dos professores ainda apresenta as esculturas e pinturas sem comparar a outras, e principalmente sem vincular às questões contextuais, qual o tipo de conjuntura político, socila e econômica da época, e como vemos as situações agora. O trabalho geralmente fica restrito às formas plásticas, à análise da obra de arte. Muitas vezes a reprodução da obra é apresentada como releitura, inclusive. Continuam as qualificações com preferência sempre para as áreas de matemática e português.
Durante o estágio, tive a oportunidade de trabalhar Tarsila do Am
aral e a partir de uma de suas obras, conversar um pouco sobre a realidade das crianças da turma, cuja maioria trabalha em casa para auxiliar na renda da casa. O quadro foi Vendedor de Frutas. Tenho uma ou duas postagens a respeito desse trabalho no primeiro semestre de 2010.
http://peadtcc76103.pbworks.com/w/page/texto-Leonardo-Boff

postagem 3 - semestre2/2010 - PPP- leitura de textos

Ao ler o texto cujo título era PPP, lembrei das leituras feitas, mas o que mais me chamou a atenção foi o comentário da tutora Sibbica, em que ela diz que minha veia militante se reacendeu com os textos... E era verdade, durante esse período de quatro anos, após as discussões sobre a necessidade de melhorias na educação, sempre acabei realizando alguma intervenção prática, em termos políticos, das quais estava tentando me distanciar. Naquele ano, participei da chapa para eleição ao sindicato dos municipários de Taquara. Não ganhamos, mas identifiquei vários companheiros de luta, com os quais não sabia que compartilhava muitas idéias. Nesse momento, aliás, é bom relembrar, pois depois do primeiro turno, fiquei muito angustiada, de ver várias colegas optando por Fogaça e Serra, mesmo que muito insatisfeitos com a Yeda, no Estado. Vê-se que as pessoas não conseguem perceber como se dão as alianças político partidárias; que existem campos diferenciados de proposta política e que embora os nomes apareçam em partidos diferentes, o campo político a que pertencem é o mesmo. Serra e Fogaça=Yeda. A propósito, anda circulando na internet um e-mail contendo um texto de Leonardo Boff, muito bom. Vou procurar o link e colocar no blog.

postagem2 - semestre2/2010 - comparações entre blog, wiki e e-mail

Na época em que fiz a comparação, esses três recursos de comunicação, possuíam um determinado sentido para mim, que aliás está expresso na postagem. Agora, eu diria que o blog se apresenta mais formal, pela razão de que é uma publicação que pode ser acessada por um contingente enorme de pessoas, conhecidas ou não. O pbwiki, que atualmente para nós transformou-se no pbworks, também pode ser acessado, mas nem sempre possui a intencionalidade de que seja assim. Já o blog, quase sempre é construído com essa finalidade, a de ser acessado por outros. O pbworks é um programa que apresenta muitos recursos. A criação de novas páginas é um fator bastante importante na minha escolha de trabalhar um P.A, por exemplo. Podemos classificar, configurar melhor o trabalho, tanto em partes como no todo. Quanto ao e-mail, ainda é o meu preferido para conversar com qualquer pessoa. Não tenho muito interesse na comunicação pelo orkut e outros similares, a não ser para localizar alguém.

postagem 1 - semestre 2/2010 - teias agosto de 2007

Estive relendo as postagens de agosto de 2007, referentes à teia construída por todas a colegas e o Edson. Penso que naquele momento, foi uma forma interessante de aprender vários recursos como a própria construção do blog, que se deu aí, nessa tarefa. Além de procurarmos selecionar o que colocar diariamente, pois deveriam ser informações atrativas para a leitura, precisamos aprender a mexer com os recursos do blog. Pelo menos, para mim, que ainda não tinha o meu, foi uma novidade, realmente. Salvar, publicar, comentar os outros blogs abrir e ler os comentários deixados no meu, colocar as tags, editar. Além disso, foi uma atividade que permitiu maior aproximação entre colegas, de forma lúdica, inclusive. De minha parte, senti curiosidade de ler o que as outras e o Edson havim escrito, e também perceber o estilo de escrita de cada um. Gostei bastante daquela atividade. Esta é uma atividade que pode ser explorada com as crianças, pois auxilia a construção da escrita e a autoria, aláem de propiciar a interação entre elas.

domingo, 16 de maio de 2010

Teoria

A cada vez que faço minhas reflexões da semana, vejo o quanto a teoria é importante para nortear nossa prática. Volto e releio e, sinceramente, tenho me sentido mais segura e fortalecida nas atividades que desenvolvo com as crianças. Gostaria de fazer referência a uma reflexão que fiz em meu pbwork na semana 5 com relação aos meus aprendizados. "O meu grande aprendizado, quanto a isso, é que não se pode mais exercer uma prática sem mergulhar, também, na teoria. Teoria e prática não se opõem, como muitos afirmam tentando minimizar a relevância teórica. A afirmação de que "a teoria na prática é outra", pode até ser constatada, mas não justifica desqualificação da teoria. Uma joga luz sobre a outra e se transformam permanenetemente. Até porque a teoria não é para ser aplicada apenas, senão cairíamos nas raias do autoritarismo. A teoria é formulada, sempre, já a partir de uma outra prática que por sua vez também já modificou a teoria existente anteriormente. A teoria é utilizada para ser mediada, para ao encontrar a prática, ser refutada ou comprovada e a partir daí, auxiliar em tomadas de decisões a respeito de uma prática que venha mais ao encontro dos desejos de quem pratica." Ao praticar, procurar a teoria, relê-la, tenho encontrado vários pontos complementares entre vários pesquisadores e percebo que a teoria realmente facilita minha prática, me fornecendo subsídios para perceber mais claramente o que está acontecendo com as crianças, quais suas dificuldades e onde encontram facilidades que sobre as quais posso incidir. Apesar de eu ler bastante, sempre, após o PEAD, minha visão se ampliou. A forma como foi passada a teoria foi bastante didática e isso estou tentando repassar aos meus alunos. Uma forma simplificada de apreender a teoria.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Passos do PA

Quando realizamos o esboço de arquitetura pedagógica para esse ano, coloquei tudo o que realmente pensava fazer com as crianças para esse semestre. Logicamente, fiz as adaptações necessárias depois do início das aulas, após conhecer minimamente a turma. Tenho seguido todos os passos e estou cada vez mais encantada de utilizar o laboratório de informática. A atividade disparadora foi uma ida à Porto Alegre, onde visitamos vários locais, conforme já relatei em postagens anteriores, depois fiz uma atividade de recorte e colagem onde as crianças representaram através de uma imagem o que queriam pesquisa, ou seja, "conhecer mais sobre". Uma menina fez o papel de relatora e copiou do quadro as diversas perguntas. Mais tarde, um dos grupos elaborou sua pergunta, embora em vez de refiná-la, ampliou-a. Mas, sob meu ponto de vista está de acordo com seu pensamento infantil e de acordo com sua curiosidade. Os dois outros grupos ainda definirão as perguntas. Dois grupos pesquisarão sobre os aviões, dois sobre pintura e um sobre escultura. Para criar os pbworks das crianças, no entanto, tive de antecipar alguns passos, que havia previsto para depois e não havia me dado conta que eles precisavam vir antes. Primeiramente nós copiamos em um editor de textos uma lista de palavras solicitada sobre o passeio.(oportunidade de trabalhar ortografia) Depois criamos os e-mails de cada um da turma, em seguida criamos o pbworks de cada um, já abrimos a FrontPage com dados de identificação(também trabalhando letra maiúscula e minúscula em nomes próprios) e hoje eles inseriram um gif de flores na página para enfeitá-la. Não conheciam os gifs, ficaram fascinados. Quando inseriram, então, exclamaram, um "oh!" geral. Parecia que estavamos fazendo mágica.
Tenho ido quase todos os dias ao laboratório. E estou começando a tomar o gosto de trabalhar com as crianças no laboratório. Esse talvez esteja sendo o meu grande aprendizado no estágio. Vejo como as crianças se acalmam e progridem no manuseio das ferramentas existentes no computador. Além disso, criamos uma tabela que já havia sido feita no caderno. Viram como era fácil e prático. Fico contente, pois antes as crianças só desenhavam e jogavam, o que já era bom... mas com a internet as opções tornaram-se infinitas para o aprendizado do uso das tecnologias.

terça-feira, 4 de maio de 2010

As costuras de conteúdo.

Algumas vezes, me pego preocupada quanto a visão que os planos de aula provocam em quem os lê. Em uma primeira leitura, pode parecer que não há uma vinculação entre as áreas de conhecimento que estão sendo desenvolvidas. Mas na aula, eles se entrecruzam o tempo inteiro. Ocorre que nem sempre se consegue trabalhar sobre uma mesma atividade, durante todo o tempo, pois ela vai perdendo o gosto de novidade e as vezes se torna um pouco extensa. Mesmo as atividades que envolvem ludicidade, na dimensão da criação, e do prazer, como pintura, dança, música ou jogos, sempre, em uma turma, as individualidades se sobrepõem ao coletivo e temos de estar cuidando para que não perca seu sentido e cause agitação. Minha preocupação, é retornar ao assunto, até que se descubra um fechamento para ele, mas que esse já seja um pequenino gancho para a próxima atividade. Apesar de saber que não é o ideal cortar uma atividade, também sei que como educadores precisamos discernir entre o que é cortar e o que é aproveitar uma deixa para parar e transformar em estímulo a fim de que haja uma continuidade, em outro momento. Específicamente para a turma 142, oriunda de uma situação social de exclusão do acesso aos bens culturais, oportunizar-lhes novas formas de olhar a informação, transformando-a em conhecimento, em aprendizagem, requer muita calma. A procura dos vínculos entre as áreas ocorre em meio a muitas tentativas.

terça-feira, 20 de abril de 2010

O Vendedor de frutas




Na primeira semana de atividades, dentro do estágio, o que mais me chamou a atenção, foi o fato de a turma com sua característica de bastante agitação, ter conseguido realizar um trabalho com tinta, sem fazer muita sujeira, limpar e oganizar tudo, ao final com bastante tranquilidade, com muitos ajudando e acima de tudo como estavam focados naquilo que faziam. (a reprodução de uma imagem do quadro de Tarsila do Amaral " O vendedor de frutas". Na verdade, escolhi esse quadro, pois ela apresenta uma figura masculina, que tanto pode ser um rapaz, como um menino ou um adulto. A mim, me pareceu um menino, uma criança, portanto. E o fato de ele vender frutas em um barquinho, me remeteu à comparação de que muitas crianças da turma trabalham remuneradamente, como já comentei em outras postagens. Talvez inconscientemente, o quadro me chamou a atenção pela semelhança de situação; parecer uma criança trabalhadora. Os desenhos ficaram muito bons. Pretendo colocar algumas imagens deles, na parte de anexos, dentro das reflexões da semana no pbworks. Já está andando o planejamento para uma releitura do quadro. Onde introduzirão a modificação de elementos do quadro. Achei importante, primeiramente reproduzirem, mas da forma como quisessem para se familiarizarem. Penso que seja mais difícil a releitura sem a aproximação inicial.

sábado, 10 de abril de 2010

PA

Em Português, descobri um livro didático da autora Magda Soares, de quem lemos vários textos na Interdisciplina de Linguagem. Aliás também li um livro dela, nas férias, intitulado"LINGUAGEM E ESCOLA" - Uma perspectiva social, sobre o qual comentarei em próxima postagem.
No livro são sugeridos vários temas que iniciam por um tema principal que é a coleção. Nomeia e define vários tipos e coleções e seus colecionadores. Expliquei incluive que existe um livro que registras todos os feitos mais famosos de pessoas, inclusive de colecionadores; o Guiness Book (isto também está no livro). Apresentava coleções de bolinhas de gude, de selos, cartões telefônicos, e outras. A turma escolheu iniciarmos uma coleção de cartões telefônicos. (Vamos ver onde vai dar...). E a partir dali, cada criança, quando se lembra traz um parte de sua coleção. Apareceram em aula, coleção de bolinhas de gude, carrinhos hot wheel, imagens do Reinaldo Gianechinni, gibis, tampinhas de garrafa, selos, e outras. Apresentei, então, o selo, com suas partes de identificação: O desenho, o nome do autor do desenho, o valor, o país, etc..Vimos que o valor do selo paga todo o serviço envolvido nas trocas de cartas entre as pessoas. Agora, vamos trabalhar o envelope, onde se escrevem os dados do remetente e do destinatário e já me informei sobre a carta social, no correio.Iniciaremos o texto carta e postaremos carta social no Correio, onde pretendo levá-los. Como é um pouco distante do Centro, tentarei um transporte da Prefeitura para participarmos da hora do conto na Biblioteca pública municipal e aproveitaremos para postar as cartas.


segunda-feira, 5 de abril de 2010

Atividade ativadora de PA

Como previsto em meu esboço de arquitetura pedagógica, preparei como atividade motivadora e ativadora para desenvolvimento de PA com as crianças, uma ida à Porto Alegre. Várias crianças já haviam estado lá, outras não. O roteiro inicial era Jardim Botânico, com monitoria, estádios do Grêmio e Inter, MARGS e Palácio Piratini. Se possível o Aeroporto. Fomos em três quartas-séries. Felizmente, dos meus só faltaram três crianças, embora, também tenha sido uma pena. Por isso, além dessa atividade, tenho desenvolvido uma série de outras frentes, como já me referi, para que elas também possam desenvolver um PA.
No Jardim Botânico, o monitor dividiu a turma e fizemos duas rotas contrárias. Achei excelente a forma de trabalho com as crianças. Em nosso caso foi um homem que prestou o atendimento e fez associações o tempo inteiro, especialmente com o próprio corpo das crianças. Mata ciliar: associou com os cílios, solicitava às crianças que passassem os dedinhos nos cílios e perguntava o que protegiam, fez o mesmo com a mata ciliar, indicando que protegiam a água. Depois pedia que gritassem, repetindo os dois movimentos. Fez muitas associações diferenciadas.Foi bastante dinâmico o processo. Nos estádios, somente entramos e caminhamos um pouco ao redor do campo e arquibancadas. O monitor do Grêmio, falou do projeto "A Escola vai ao Jogo" É só agendar e a escola assiste gratuitamente ao um jogo do time. No MARGS, conseguimos visitar duas salas de exposição no terceiro andar. As crianças ficaram impressionadas com os tamanhos das telas. Durante todo o tempo pediam para visitar o Aeroporto. Então abdicamos do Palácio e fomo para lá. Elas adoraram!!!! Vimos três aviões decolando e dois aterrissando. Tiraram muitas fotos. Acharam o saguão do aeroporto muito lindo e gostaram de se embolar na escada rolante. Na vista para os aviões tiraram muitas fotos. Ficaram quase que totalmente em silêncio. Penso que foi o que mais os tocou. A partir daí, na aula, conversamos bastante, e solicitei uma explosão de palavras. Fizeram uma lista de palavras que lembravam o passeio. Depois relataram, por escrito como tinha sido o passeio e o que viram. A seguir registraremos as palavras no computador, porém no word, pois a internet ainda não chegou. Em outra oportunidade, passaremos para um pbworks.

ARTES II

Prosseguindo ainda, com a pintura, apresentei várias imagens de quadros de Tarsila e retomei os quadros de Monet, pedi que falassem o que percebiam; diferenças e semelhanças. Foi bastante interessante. Perguntei se queriam pintar alguns dos quadros dela. Ficaram entusiasmados. Inicialmente colocarei o vendedor de frutas para olharem e realizarem sua pintura. Será uma tentativa de cópia, simplesmente. Mais tarde, pretendo mostrar gravuras e exemplos do que seja uma releitura e novamente estimulá-los a pintar. Como exemplo, tenho uma gravura em que um dos quadros de Monet, a mulher representada,(que sempre era sua esposa) está pintada igualmente, porém com a cabeça da Mônica.
Também perguntei em que outro livro tinhamos lido sobre um ambiente parecido com esse ,onde Tarsila foi criada, cheio de plantas. Elas responderam imediatamente: "no Sítio do Pica Pau Amarelo." Na realidade, estou criando várias frentes nas diversas áreas do conhecimento, para que além do passeio que fizemos à Porto Alegre, como atividade disparadora, as crianças tenham mais opções de temas para pesquisa de PA.

ARTES

Na aula presencial, em março, fomos orientados a trabalhar junto com as professoras e professores que trabalham com a hora atividade. Sendo assim, combinei com a professora da Escola 17 de Abril que trabalharia junto com ela e sugeri que as aulas não fossem só de atividades de Educação Física, pois poderíamos variar e desenvolver diversos projetos. Iniciamos com a pintura. No ano de 2009, houve um fórum estudantil, que aliás acontece todos os anos e foram feitas inúmeras atividades em torno da preservação do ambiente natural, já relatadas por mim em outras postagens. As tarefas tiveram sua origem no estudo da vida do pintor Monet, por sua identificação com o ambiente natural, e por suas descobertas quanto aos efeitos de luz sobre os objetos pintados, resultando no Impressionismo. Pensei então, em escolhermos uma outra pintora, porém mulher, e brasileira, como Tarsila do Amaral. Li para elas, o resumo de vida da pintora, depois passei o texto no quadro para cópia e ao conversarmos sobre ela, surgiram várias comparações. Primeiramente, interessaram-se bastante pelo fato de Tarsila morar em um ambiente natural amplo, com jardins, pomares, animais e possuir muitos gatos,(40 era o que constava no texto). Imediatamente começaram a citar pessoas que possuíam muitos gatos, ali nas redondezas da escola. Pedi, então, como tema de casa, que pesquisassem com pais e na vizinhança se havia uma pessoa que criasse muitos gatos. A professora auxiliar sugeriu, então, que visitássemos a casa, se essa ficasse situada próxima à escola. No outro dia, as crianças vieram com a notícia que ali perto mora uma senhora que possui mais de 50 gatos. Em breve vamos visitá-la e procurarei registrar o momento com fotos.

domingo, 4 de abril de 2010

Situações III

Desde o início do ano letivo, procuro realizar a leitura de um livro, para a turma, no início da aula e começo sempre perguntando sobre o título e a capa; sobre o que eles pensam que se trata a história, algumas vezes anotamos no quadro, outras não, conforme eles pedem...(comecei com uma vez por semana e agora pretendo ir aumentando o número de vezes). No início, ficavam reclamando, agora, já ficam esperando. Já li "Por que meninos têm pés grandes e meninas pés pequenos"? , " O Sítio do Pica Pau Amarelo", " Velhinha que dava nome às coisas". O primeiro foi escolhido em função do tema identidade, em que a história aborda os chavões e as verdades sobre a afirmação contida no título. Vimos que existem meninas com pés grandes e meninos com pés pequenos, também. Aliás, o tema identidade é um foco sobre o qual desenvolvo várias atividades em todas as áreas até o final do ano. Tenho seguido a orientação da professora Gládis da interdisciplina de Contação de Histórias, através das quais discutimos sobre vários assuntos, mas não faço atividades que sejam áridas como as de gramática. Procuro outros textos menores para desenvolver tais aprendizagens. A terceira história, faz parte da infância de quase todos os brasileiros, e a partir dela, sugeri que tornassemos a escola parecida com o sítio do Pica Pau. Como resultado, vários já trouxeram flores e folhagens que plantamos na nossa parte do jardim. Sugeri plantarmos frutas, chás, verduras e legumes, mas a horta deverá ser feita noutra parte do terreno. Dependemos das máquinas da prefeitura para virem roçar. A segunda história, também reforça a importância dos nomes. Agora, vamos criar os nomes para algumas coisas dentro da sala de aula. O mais importante de tudo, é que observo que já começaram a gostar de ouvir e sugeriram que eles pudessem ler na frente da turma. Acolhi suas sugestões e eles leram a última história, assim, cada um lia uma página. Pretendo introduzir a leitura habitual, durante 10 minutos, todos os dias após a entrada do recreio. Poderão ler livros previamente escolhidos, individualmente, além de escutarem as contadas para todos.

sábado, 3 de abril de 2010

Situações II

Como já coloquei anteriormente, inicío o trabalho com as crianças, sempre focando as identidades individuais até começar a juntar determinadas situações que evidenciem uma identidade de grupo e social. Começo pelos nomes, endereços, visitas às casas, depois mapas da casa, da rua, crescendo para o bairro, cidade e por fim o Rio Grande do Sul. (Também dentro da própria sala de aula). Aí introduzo os pontos cardeiais, e sugiro referências como a casa em relação ao sol, a escola, e outros pontos bem conhecidos no bairro. Quando fiz o exercício de direcionar o braço para o sol para situar o leste, e daí os outros pontos cardeais... acharam que era bobagem, ficavam com vergonha, não levantavam o braço. Uma das características bem marcantes dessa turma "é pedir tema no quadro", qualquer outra forma diferenciada de apresentar uma atividade, como o passeio nas casas é só diversão, passeio e brincadeira. Não estamos aprendendo. Mesmo que eu explique que são maneiras diferentes de aprender, e pergunte se não é melhor assim e eles concordem....já tenho uma fila na porta, no recreio, de outras turmas, dizendo: aí, profe, eu queria estudar contigo! Em um bilhete que recebi de uma menina que não é minha aluna, ela expressou o mesmo, mas o motivo é o seguinte: Teus alunos falam que tu é tão boazinha... passa pouco tema!!!!!Dá vontade de rir, para não chorar.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Situações de aula

Uma das coisas que percebi após um mês de aula, pois no município começamos o ano letivo em 22 de fevereiro, foram as dificuldades na área de matemática. Na verdade, venho percebendo esses fatos que relato aqui, já há mais tempo, mas agora, consigo formular e escrever o que estou vendo. Especialmente depois de ler, durante as férias, o livro de Constance Kamii, "A Criança e o Número". Desde que comecei a trabalhar com 4ªs séries, agora5ºs anos, observei que as crianças não conseguem entender completamente o quadro posicional; a base 10. Se perguntamos quantas unidades vale uma dezena, respondem 10; se perguntamos quantas dezenas valem 10 unidades, repondem 1. Certo. Porém, quando vamos decompor os números não conseguem compreender que no numeral 2358, por exemplo pode ser decomposto de várias formas que se equivalem:2 unidades de milhar, 3 centenas, 5 dezenas e 8 unidades ou 2000 + 300 + 50 + 8. Eles entendem a decomposição se realizarmos os dois processos separadamente, porém se apresento os dois como comparação, ficam confusos. Custam a retomar o pensamento e enxergar que 2000 é outra forma de apresentar 2 unidades de milhar. Talvez seja normal pelo fato de que ainda se encontram na fase operatório concreta e as comparações os forçam a uma abstração. No entanto, suspeito que a própria construção do número ainda não esteja consolidada. Pois os processos de ensino dessa construção ainda continuam apenas se baseando na representação de que a quantidade 8 é igual a 8 bolinhas (ou qualquer outro símbolo), sem colocar as quantidades em relação umas com as outras, como exemplifica em seu livro a autora. Não esquecendo da inclusão hierárquica necessária à construção do número. A partir dessa constatação, estendo o trabalho em cima desses tópicos.

terça-feira, 30 de março de 2010

Situando-se no mundo

Sempre que começo o ano, faço várias investigações sobre a vida das crianças. Penso que meu trabalho deve iniciar pela construção de suas identidades individuais, desde por exemplo, a apropriação do nomes de forma correta. Tenho percebido nas últimas turmas de 4ªs séries, que as crianças chegam até ali, sem saberem escrever seus nomes corretamente. Não conseguem entender a importância de uma certidão de nascimento, porque ela existe e porque seus nomes devem ser escritos da forma como está ali registrado. No primeiro dia, após a recepção, (normalmente alguma brincadeira) peço que escrevam seus nomes no caderno e confiro com a lista de chamada. Várias crianças apresentam as escritas que não conferem com a lista. Daí, vamos para as certidões de nascimento, nas pastas dos alunos e verificamos onde está o engano, se na família ou se a escola se enganou ao digitar o nome da criança e por isso não confere. Já tive casos curiosos, como o de uma aluna atual, em que ela e sua mãe não gostavam que se escrevesse seu nome com s e por isso usavam z, a despeito de na certidão estar escrito com s. No momento seguinte, trouxe uma certidão para entendermos o que era registrado ali e sua importância. Mais adiante, passo para os endereços e telefones. Da mesma forma, a maioria das crianças não sabe escrever ou nem pronunciar corretamente o nome de sua rua, nem sabe o número de sua casa. Após conferirem como tema de casa, saímos para visitar cada uma das casas para ver onde moravam. Aproveitamos para olhar as placas com os nomes das ruas. Penso que se um aluno sai da escola, sem no mínimo saber ler e escrever seu nome completo e endereço, a escola não cumpriu seu papel de prepará-lo para vida, como está afirmado nas intenções dos belos PPPs.

domingo, 21 de março de 2010

ESTÁGIO CURRICULAR 20101

Este semestre, certamente, nos fará revisar tudo o que aprendemos em teoria, ainda que as interdisciplinas já cursadas nos conduzissem a praticarmos com nossos alunos, construindo a vinculação entre o pensar e o fazer para então elaborarmos nossos pontos de vista sobre determinada área de conhecimento e sobre a educação como um todo.
Na escola em que farei meu estágio, as aulas já iniciaram em 22 de fevereiro desse ano.Isso me permitiu já perceber como as crianças se relacionam,quais são algumas características emocionais/sociais, como reagem às propostas, sua origem sócio econômica, causas de algumas dificuldades com a escola e suas aprendizagens. Já iniciei um trabalho de autorreconhecimento de suas identidades individuais, e ancestralidade que deve percorrer quase todas as áreas do conhecimento. Tenho tentado vincular os conteúdos trabalhados até agora e estou preparando uma atividade start para um PA, que será uma ida à Porto Alegre, com as três turmas de quarta séries, onde visitaremos alguns locais que também poderão ensejar trabalhos de pesquisa em diversas áreas. Felizmente houve uma mudança no sistema de utilização do laboratório, através da qual poderei ocupar o laboratório de informática muitas vezes na semana, caso outros professores não se habilitem. Essa possivelmente será outra tarefa; incentivar os próprios colegas a ocuparem mais esse espaço. Já utilizei duas vezes para trabalhar com programinhas instalados,dos quais as crianças gostaram muito. Estou aguardando ansiosamente a vinda da Internet até final da próxima semana. Faltam poucos arranjos de estrutura para receber o sinal. Há uma situação que tem me causado preocupação. A escola passará por reformas nesse ano, haverá turmas que terão de ser deslocadas para um outro local. Isso pode causar transtornos ao projeto, pois possivelmente essa facilidade de acesso ao laboratório, será prejudicada.