Uma das coisas que percebi após um mês de aula, pois no município começamos o ano letivo em 22 de fevereiro, foram as dificuldades na área de matemática. Na verdade, venho percebendo esses fatos que relato aqui, já há mais tempo, mas agora, consigo formular e escrever o que estou vendo. Especialmente depois de ler, durante as férias, o livro de Constance Kamii, "A Criança e o Número". Desde que comecei a trabalhar com 4ªs séries, agora5ºs anos, observei que as crianças não conseguem entender completamente o quadro posicional; a base 10. Se perguntamos quantas unidades vale uma dezena, respondem 10; se perguntamos quantas dezenas valem 10 unidades, repondem 1. Certo. Porém, quando vamos decompor os números não conseguem compreender que no numeral 2358, por exemplo pode ser decomposto de várias formas que se equivalem:2 unidades de milhar, 3 centenas, 5 dezenas e 8 unidades ou 2000 + 300 + 50 + 8. Eles entendem a decomposição se realizarmos os dois processos separadamente, porém se apresento os dois como comparação, ficam confusos. Custam a retomar o pensamento e enxergar que 2000 é outra forma de apresentar 2 unidades de milhar. Talvez seja normal pelo fato de que ainda se encontram na fase operatório concreta e as comparações os forçam a uma abstração. No entanto, suspeito que a própria construção do número ainda não esteja consolidada. Pois os processos de ensino dessa construção ainda continuam apenas se baseando na representação de que a quantidade 8 é igual a 8 bolinhas (ou qualquer outro símbolo), sem colocar as quantidades em relação umas com as outras, como exemplifica em seu livro a autora. Não esquecendo da inclusão hierárquica necessária à construção do número. A partir dessa constatação, estendo o trabalho em cima desses tópicos.
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Situações de aula
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construção do número,
inclusão hierárquica,
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quantidade
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