segunda-feira, 11 de outubro de 2010

postagem 11 semestre2/2010 - a velhice

Quando estudamos os aspectos que cercam o processo de envelhecimento no Brasil, o que mais me chamou a atenção foi a contradição sempre presente na vida de todas as pessoas a partir da visão capitalista do lucro. Ao mesmo tempo em que as pessoas estão vivendo mais tempo, isso não é indicador de qualidade de vida. Os velhos pertencentes às camadas ricas conseguem desfrutar melhor desse momento, como sempre. Toda a indústria de consumo gerada ao redor do envelhecimento, como cosméticos, turismo, saúde, cirurgias, casamento, lazer beneficia por um lado, mas também apresenta sua conta. Muitas pessoas exorbitam sem noção de como bancar esse consumo. Os velhos e velhas das camadas populares vivem mais, mas o ônus é maior também, pois nos tempos atuais, precisam sustentar a família, ampliada pelos netos. Muitos continuam trabalhando não por que desejam, mas por necessidade. Sem conforto, passam a apresentar mais problemas de saúde. Uma pessoa em nosso sistema tem duas possibilidades, ser produtiva ou não ser. Espero que essa situação mude a médio prazo. Penso que as universidades possuem um papel importante nessa mudança. Poderiam ser criados grupos de estudo com pessoas mais velhas, não na perspectiva de convivência como está colocada agora, só com bailes. Considero importantíssima a fruição do lazer, mas não entendida só como distração. Penso que há várias formas de aprimoramento do ser humano na velhice. Atuação política, desenvolvimento artístico, ambiental, enfim..

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