Quando se fala em ludicidade, vejo muitos colegas identificando o conceito com brincadeiras, somente. A brincadeira traz consigo, essencialmente, a dimensão lúdica, porém, no meu parecer, todas as atividdades relacionadas às artes visuais, por exemplo, trazem consigo o aspecto lúdico, também. A dança, a música, a poesia, enfim, todas as manifestações artísticas são calcadas na ludicidade, a meu ver. O momento da criação, em qualquer área, é o momento do encontro entre o subjetivo e objetivo, é o estado de repouso, assim denominado por Donald Winnicott. É o momento do encontro consigo, a que muitos psicólogos chamam de self. Nesse estado não há competição, não há preocupação. É uma pena que muitas brincadeiras ainda estejam baseadas na competição. O esporte, com sua profissionalização cada vez maior, perdeu o aspecto lúdico; a violência nos estádios e entre torcidas, fora deles, é um indicativo marcante dessa situação. Quando há objetivos muito rigorosos estabelecidos, cria-se um estado de ansiedade contrário a uma das dimensões da ludicidade que é a tranquilidade.
domingo, 10 de outubro de 2010
postagem 5 - semestre 2/2010 - ludicidade
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