sábado, 12 de setembro de 2009
LIBRAS
Achei muito interessante a aula de LIBRAS; pude revisar algumas questões que havia visto no curso que fiz pela FADERS, no ano de 2000. Especialmente, julgo importante o entendimento da identidade e da cultura de surdos. Tive a oportunidade, na época em que fiz o curso já citado, de visitar a sociedade de surdos que fica situada próxima ao Jardim Botânico em Porto Alegre. Fizemos nossa finalização do trimestre conversando com surdos que frequentam o local. Uma moça, na ocasião me relatou da dificuldade que teve com sua família, pois como possuía um pouco de audição, sua mãe desejava que ela oralizasse. Não lhe propiciava contato com outros surdos. Ela sentia-se tímida e tinha dificuldades de se relacionar, pois não conseguia expressar-se com naturalidade, e sua voz saía alterada. Quando cresceu. procurou sua identidade junto a grupos de surdos e aprendeu LIBRAS. Naquele momento, sentia-se a vontade para dizer que estava muito mais feliz e também havia casado. Sua autoestima tinha aumentado muito. Sua expressão era muito mais espontânea do que antes. Trabalhar contra o preconceito é ainda bastante necessário, muitas vezes pensamos que as pessoas já tem uma compreensão diferenciada, e no entanto ainda há muitos problemas relacionados a aceitação do surdo em sua família.
Marcadores:
autoestima,
cultura,
identidade,
preconceito- LIBRAS
domingo, 6 de setembro de 2009
EJA
Em minha opinião, o parecer da CEB 11/2000 Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e adultos, do relator Carlos Roberto Jamil Cury é uma fonte extremamente séria de pesquisa, pois cobre de maneira profunda todos os aspectos que constituem a EJA, numa visão p0lítica e social de educação permanente, situando-a como serviço público, dentro da organização estrutural da oferta de ensino no país. O exame acurado do processo histórico educacional em nosso país, gerou o conceito e as funções da EJA, que no meu entender pontuam a tentativa de instalar um processo justo frente a todo o conflito social, com relação aos segmentos excluídos: trabalhadores, negros, índios, mulheres, idosos, encarcerados ePNEEs. Concordo, que no momento atual, a justiça passe por intensa aplicação de recursos econômicos em estruturas educacionais que atendam a esses segmentos, a fim de diminuir a distância de acesso e apropriação de um bem social como a educação por parte deles, com relação às elites dirigentes do país. Não há como haver justiça ao aplicar recursos iguais em segmentos com tamanha defasagem de oportunidades. A proporção ficará simplesmente mantida.
Marcadores:
CEB,
EJA,
justiça,
parecer,
segmentos excluídos
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Lendo Comênio
Confesso que apesar de sempre retomar minhas esperanças com relação a uma mudança social com igualdade e justiça, fico muito preocupada em saber que já em 1600, uma pessoa defendia idéias que ainda significam quase uma utopia para o momento atual. São 400 anos; duzentos anos depois da morte de Comênio, estouram no mundo outros grandes mestres como Piaget e Vygotski, nascendo, inclusive, no mesmo ano. Cada um deles aprofundando e aproximando idéias já lançadas por ele. Piaget esmiuçando o desenvolvimento da inteligência, Vygotski vinculando o homem e a sociedade, a importância dos contextos sócio-culturais no desenvolvimento humano. Wallon, apresentando o desenvolvimento de um ser completo. Paulo Freire, aqui no Brasil, revelando a vocação do indivíduo para a liberdade, com seus conceitos de autonomia, alteridade e práticas sociais. Meio caminho andado..... mas quanto tempo levaremos para percorrer a outra metade?
Assinar:
Postagens (Atom)