segunda-feira, 16 de novembro de 2009

DIDÁTICA e EJA

Quanto mais leio textos, excertos, livros, de Paulo Freire, mais penso que se a metade da humanidade fosse como ele, nossas escolas seriam realmente virtuosas. Não teríamos que ficar lutando e lutando para obtermos um minimo de condições estruturais que possibilitassem às crianças e jovens potencializar seus processos de aprendizagem.Talvez não houvesse a EJA, mas por um motivo maravilhoso de que todos poderiam se qualificar em um tempo regular, onde não haveria excluídos. Talvez houvesse alguma coisa como cursos de extensão e qualificação para todos, em todas as idades, sem faixa mínima ou máxima. Quando ele fala em fé no homem, me sinto um tanto diminuída, pois as vezes minha fé enfraquece. Ele nunca desistiu dos seres humanos, sua identificação era total. Quando fala em dialogicidade, a fé na humanidade é um de seus maiores pressupostos. A crençade que algum dia todos os indivíduos serão capazes de dizer a sua palavra, que não seja submissa, seja verdadeira, é condição necessária para que realizemos nossa intervenção com jovens e adultos. No entanto, isso significa também aceitar o momento em que se encontram e que nem sempre nossas propostas serão imediatamente aceitas por eles, ou que nem sempre tomarão como imprescindíveis os nossos pontos de vista sobre a realidade que nos cerca.

Um comentário:

Simone Bicca Charczuk disse...

Oi Zilá!! Pensando nos princípios propostos por Freire, quais procuras seguir no teu trabalho? Quais consideras mais difíceis de colocar em prática? Abração!!