Quando fiz as entrevistas com as crianças negras, não havia lido o texto da professora Marilene Leal Paré. Somente o fiz quando fui elaborar o texto de reflexão sobre a entrevista e o contexto escolar. Confesso que fiquei bastante impressionada com as Essências elaboradas na dissertação da professora. As crianças responderam exatamente dentro das dimensões que compõem as Essências. Pude ver a expressão delas quanto ao sentimento de tristeza quando eram ofendidas em função da cor da pele. Todas falaram que sentiam-se mal, mas não sabiam explicitar, ou não queriam, creio que sentiam vergonha de sentir tristeza. Realmente, o que aprendi nessa interdisciplina é que ainda estamos fazendo muito pouco para mudar essa situação. Como já havia falado no texto de reflexão, embora muitas das crianças, mesmo brancas passem situações de miséria, ainda assim, vejo que as crianças negras apresentam mais marcas de desorganização, de desânimo pela frequencia à escola, possivelmente indicativo de não identificação com a escola que não lhes apresenta conteúdos condizentes com seus interesses. Como diz a professora Marilene, onde está o momento de estudo sobre a África? Continuamos oferecendo somente material sobre a europa.
segunda-feira, 25 de maio de 2009
sábado, 9 de maio de 2009
idem anterior
Lendo as postagens das colegas, no fórum, observei questões que se apresentam em suas salas de aula, que são muito parecidas com as que acontecem comigo. Já que em Taquara existe uma região de Quilombo, pretendo levar a turma até lá para que conheçam o local e troquem informações com o pessoal de lá. Penso que é importante a criança negra e indígena, especialmente, enxergar que se é um entre centenas ou milhares, então é um igual entre muitos. Em uma situação em que é um diferente entre muitos diferentes, não necessita ser o escolhido para sofrer a discriminação e o massacre. Suspeito que um de meus alunos tenha descendência indígena, por isso já preparei a atividade 5 dessa interdisciplina em função disso. Se for possível, pretendo levá-los até a reserva Guarani, no município de Riozinho. (próximo de Taquara).
Psico II
Quando assisti o vídeo em que o próprio Piaget se afirmava construtivista, senti um misto de admiração e emoção. Existem pessoas que já nacem geniais... só vão desenhando essa genialidade ao longo de suas vidas. Admiro essa firmeza de crença, a coragem de não aceitar o que os outros lhe impõem. A primeira vez que li Piaget, tinha mais ou menos uns 24 anos. Não entendi nada. Mas minha intuição(ele fala muito bem disso) dizia que esse era um caminho. Hoje começo a compreender o que são os processos de assimilação e acomodação e portanto o que é aprendizagem. Espero que consiga desenvolver essa compreensão, cada vez mais, em minhas ações. Em uma das revistas Nova Escola, há um texto que questiona o discurso vazio. Vários professores emcampam um discurso, o vocabulário utilizado no momento, mas na verdade não o compreendem e talvez até por isso, não acreditam e consideram moda. Não procuram aprofundar a teoria. Tive o desprazer de ouvir, em cursos proporcionados para professores no município de Taquara, uma professora que ministrava o curso sobre alfabetização que Paulo Freire e o construtivismo estavam ultrapassados. Certamente reduziu a epistemologia ao método, confundindo. Indicação de falta de conhecimento sobre o assunto.
PSICO II
A partir de uma série de experiências de vida, me foi apresentado o termo dialética. Fui compreendendo o conceito muito lentamente. Certamente, hoje, comprendo muito mais, porém, fiquei extremamente feliz, ao ler os textos de Fernando Becker e receber algumas explicações da parte da professora Ana Petersen e da tutora Analissa na aula presencial, com o quê, me ficou muito claro a dialeticidade da epistemologia relacional. A dialética enquanto ação psíquica inerente a todo o ser humano, apesar de a grande maioria não saber disso. Lógicamente, continuo afirmando que ainda estou me aproximando dessa forma de exercer a docência, pois anos e anos de uma pedagogia diretiva, todo um período de formação do ensino fundamental ao médio, nos deixa marcas profundas.
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