Tive a oportunidade e ir até o polo de Sapiranga, na sexta-feiraa noite e assistir o filme referido no título dessa postagem. Durante o tempo em que fiquei assistindo, lembrei que já o havi visto, há muitos, muitos anos atrás. É um filme triste com final feliz, porém naquela época, certamente muitas histórias de vida de crianças surdas foram tristes com finais também tristes. Ali se vê a batalha de uma mãe que não se conforma em não poder se comunicar com seu filho e não entender seus desejos e necessidades. Porém, muitos pais davam ouvidos aos que detinham algum conhecimento a respeito dessa necessidade. Sem desconsiderar a boa intenção ao crerem estar ajudando, as escolas que praticavam a terapia da palavra na verdade carregavam o preconceito de que esse é um mundo só para ouvintes, os não ouvintes é que devem se adaptar a ele. A crença de que o ser humano só é completo possuindo todas as suas habilidades físicas, desconsidera a condição do indivíduo como ser social e cultural que sempre aprenderá e terá a contribuir independente de ter necessidades especiais em uma ou outra área de sua vida. Achei muito interessante o momento em que Jonas se dá conta de que o rapaz surdo o está ensinando a linguagem de sinais. A partir do momento em que associou o sinal a alguma coisa que era de seu interesse como o cachorro quente, que nunca conseguia pedir, compreendeu que os outros gestos também eram sinal de comunicação. Sua alegria nessa descoberta foi muito bonita. Mais uma vez se comprova a importância da aprendizagem significativa, que parte do interesse do indivíduo.
domingo, 11 de outubro de 2009
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Um comentário:
Oi Zilá!! Muito bonita essa tua postagem. Nos faz refletir sobre o conceito de deficiência. Afinal, quando podemos dizer que um sujeito é deficiente? Quando utilizamos esse conceito aproximamo-nos, parece-me, muito mais de uma abordagem biologicista do que social. Para pensarmos... Abração!!
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