domingo, 24 de outubro de 2010

Educação de Jovens e adultos

Desde as constatações realizadas na interdisciplina de Educação de Jovens e Adultos, não vi mudanças significativas no trabalho que vem sendo feito, salvo, claro algumas experiências em que professores mais comprometidos com transformações sociais, tentam implementar nova pedagogia. Continuo insistindo que as metodologias empregadas ainda repetem as que são desenvolvidas no ensino regular, que por sua vez não tomam em conta toda a cultura trazida pelos estudantes para dentro da escola.
Considerando-se a característica fundamental que os distingue de outros grupos, qual seja, a de trabalhadores estudantes, esta deveria ser profundamente explorada, a fim de contribuir na construção de suas identidades. Pela compreensão do significado do trabalho em suas vidas, de quais são as consequências positivas e negativas dessa condição, pode-se construir toda a relação com a educação, a fim de perceber qual a importância desta para a elaboração de consciência social em suas vidas.

Questões étnico-raciais

Relendo as postagens sobre as identidades negras e indígenas, me lembrei de um texto apresentado nos cadernos temáticos editados pela SEC, com o propósito de serem examinados para a potencialização dos Conselhos escolares, na época em que Olívio Dutra foi governador. Nele, é discutido o currículo e suas formas de abordagem. É citado o currículo turista, especialmente em Estudos Sociais, onde as questões étnicas são somente exploradas em momentos pontuais, próximos das datas comemorativas, como se as problemáticas que as envolvem somente despertassem interesse nesses momentos. Essa situação denota que não há uma verdadeira preocupação com os vínculos entre a escola e a sociedade. A escola continua se encastelando, prendendo seus alunos específicamente aos conteúdos que ela decide que sejam necessários ao crescimento dos mesmos. Talvez resida aí, uma das grandes dificuldades da relação com os alunos e suas aprendizagens, pois não há como gostar de frequentar um ambiente que não reconhece e muito menos acolhe as peculiaridades de cada sujeito. A escola pública é um lugar em que muitos negros são frequentadores, se não é levada em conta sua cultura, não é possível haver uma relação sadia e a construção de aprendizagem por parte dos mesmos.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

postagem 11 semestre2/2010 - a velhice

Quando estudamos os aspectos que cercam o processo de envelhecimento no Brasil, o que mais me chamou a atenção foi a contradição sempre presente na vida de todas as pessoas a partir da visão capitalista do lucro. Ao mesmo tempo em que as pessoas estão vivendo mais tempo, isso não é indicador de qualidade de vida. Os velhos pertencentes às camadas ricas conseguem desfrutar melhor desse momento, como sempre. Toda a indústria de consumo gerada ao redor do envelhecimento, como cosméticos, turismo, saúde, cirurgias, casamento, lazer beneficia por um lado, mas também apresenta sua conta. Muitas pessoas exorbitam sem noção de como bancar esse consumo. Os velhos e velhas das camadas populares vivem mais, mas o ônus é maior também, pois nos tempos atuais, precisam sustentar a família, ampliada pelos netos. Muitos continuam trabalhando não por que desejam, mas por necessidade. Sem conforto, passam a apresentar mais problemas de saúde. Uma pessoa em nosso sistema tem duas possibilidades, ser produtiva ou não ser. Espero que essa situação mude a médio prazo. Penso que as universidades possuem um papel importante nessa mudança. Poderiam ser criados grupos de estudo com pessoas mais velhas, não na perspectiva de convivência como está colocada agora, só com bailes. Considero importantíssima a fruição do lazer, mas não entendida só como distração. Penso que há várias formas de aprimoramento do ser humano na velhice. Atuação política, desenvolvimento artístico, ambiental, enfim..

postagem 10 semestre 2/2010 - aprendizagem de jovens e adultos

Ao reler as postagens sobre a aprendizagem de jovens e adultos, continuo validando o que escrevi naquela época. Gostaria, apenas, de dizer que ainda não vejo grandes modificações no trabalho desenvolvido com eles. Especialmente no Ensino Médio noturno, regular. As matérias são apresentadas com o único fim de preparação para o vestibular. Não existe a tomada prévia da identidade do grupo, de seus desejos e necessidades. A grande maioria trabalhadora, tem que trabalhar inclusive aos fins de semana em horários de dez a doze horas por dia. Quando chegam na aula, querem se relacionar socialmente e fazem pressão para sair mais cedo. Acredito que deveria ser colocada uma disciplina, com horário estruturado durante a semana, em que fosse trabalhado o aspecto lúdico, com criação, com o espaço para o encontro do grupo enquanto amizade. As disciplinas de sociologia, história e filosofia, deveriam trabalhar na perspectiva de formação política. (veja-se que não estou me referindo à política partidária)Deveriam montar estrutura para visitação à câmara de vereadores, a fim de se inteirarem da correlação de forças dentro da mesma, que assuntos são discutidos, enfim, trabalhar de forma a que possam realmente desenvolver o censo de cidadania.

postagem 9 semestre2/2010 - sociologia e política

Estive analisando as postagens feitas com referência às interdisciplinas de sociologia e política. Os conceitos, as interpretações daquele momento; ainda concordo com elas, porém gostaria de a partir do que foi visto e estudado, refletir como é importante para as pessoas, desde jovens terem a oportunidade de participarem de grêmios estudantis, para iniciar sua formação política desde cedo. Digo isso, porque vejo muitos colegas professores que mesmo trilhando uma trajetória de muito esforço pessoal, ainda acreditam que a responsabilidade é só sua. Não conseguem perceber as relações de opressão que permeiam toda a sociedade. Acredito que os sindicatos, as associações de classe deveriam extender a formação política o mais possível. A alienação tem conduzido à consequências desastrosas. Um exemplo claro, para mim é o fato de muitos professores lamentarem a obrigação de opção por projetos terceirizados. No entanto, na hora de votar não conseguem perceber que determinado candidato poderia, se fosse eleito, dar continuidade a eles e lhes dedica o seu voto. Como se eleição e sala de aula não se dissessem respeito

postagem 8 semestre2/2010 - as tics

A interdisciplina das tecnologias de comunicação foi importante abrir mais uma janela de possibilidades. Desde a escrita colaborativa até a construção de histórias em quadrinhos, com imagens, existem um mundo de recursos a serem explorados tanto por nós professores, como pelas crianças com quem trabalhamos. Aos poucos, fui buscando literatura, na área, que explicitasse a importância do uso das tecnologias. Na época, deixei claro em minha postagem que tinha dúvidas a respeito da importância da mesma. Infelizmente, assim era. Posso dizer que minha visão sobre o tema mudou a partir da entrada na faculdade e das interdisciplinas ofertadas sobre as tecnologias. A modificação aconteceu não só pela infinidade de recursos que se pode acessar, mas fundamentalmente por saber que também as tecnologias podem promover a modificação no processo educativo dentro da escola. Que ela também pode ser geradora de identidade, de autoconstrução, de autoria, de percepção do lugar social e gerar posicionamento crítico, também.
Quando realizamos a interdisciplina de educação com PNEEs, também pude ver com clareza, como a tecnologia auxilia a essas pessoas tanto na fase de escolaridade como na profissão.

domingo, 10 de outubro de 2010

postagem 7- semestre2/2010 - a representação do mundo pela matemática

Esta foi uma interdisciplina da qual gostei muito. Obtive bons esclarecimentos quanto ao trabalho com crianças de séries iniciais. Na época, lecionava para 1ª série e 4 série. Pude desenvolver algumas práticas com essas duas turmas, as quais me fizeram enxergar resultados importantes, no sentido de oferecer cada vez mais materiais concretos para manipulação e criar atividades que estivessem mais relacionadas à suas idades. Cada vez tenho mais segurança no trabalho da área de matemática com a faixa de 07 a 10 anos. A associação com as teorias de aprendizagem, estudadas na interdisciplina de psicologia, me devolveram a tranquilidade para me posicionar frente à escola e voltar com a turma até onde julgo que há necessidade de retomar o conhecimento manifestado. Gostei bastante da atividade em que todos os polos fizeram uma listagem de atividades para serem aplicadas com as crianças e as quais tivemos acesso para comentar. Formou-se aí um formidável banco de atividades as quais recorro, de vez em quando. De lá para cá, procurei participar de oficinas da área, quando oferecidas pela escola, e pude aprender o manejo do material dourado para a realização das operações. Esse é um material muito simples de ser manejado e permite várias atividades.

postagem 6- semestre2/2010 -as tecnologias em 2008/1

No primeiro semestre de 2008, tive a oportunidade de aprimorar o trabalho em PowerPoint e tivemos duas atividades com a linha do tempo que foram feitas na xtimeline. O curso sempre teve como tônica, apresentar tarefas que exigissem o acesso a diferentes recursos da tecnologia. Considero uma pena que não há tempo para explorarmos mais muitas possibilidades que nos foram apresentadas. A cada dia, se criam novos recursos e nós como professores de escola pública, continuamos sem tempo para a apropriação dos mesmos. Para se dominar a tecnologia, infelizmente não basta exercitá-la apenas uma vez. O mesmo vale para as crianças, pois embora tenham mais facilidade para as aprendizagens tecnológicas, se não conseguem praticar realizando tarefas diárias, acabam esquecendo o processo. As crianças frequentadoras da escola pública, muitas vezes só tem acesso ao computador na escola. Se a escola não lhes oferece o acesso sistematicamente, não há como desenvolver o domínio. Os pequenos não conseguem ir às lan houses pois não tem dinheiro ou os pais não permitem.
No momento, na escola onde realizei o estágio, os computadores estão todos desligados, novamente, já há mais de um mês, pois para serem instalados os novos, a escola depende dos técnicos que são encaminhados pelas prefeituras que por sua vez precisam do aval do governo federal. Os cursos para professores também ainda possuem número escasso de vagas além de serem oferecidos em lugares de difícil acesso.

postagem 5 - semestre 2/2010 - ludicidade

Quando se fala em ludicidade, vejo muitos colegas identificando o conceito com brincadeiras, somente. A brincadeira traz consigo, essencialmente, a dimensão lúdica, porém, no meu parecer, todas as atividdades relacionadas às artes visuais, por exemplo, trazem consigo o aspecto lúdico, também. A dança, a música, a poesia, enfim, todas as manifestações artísticas são calcadas na ludicidade, a meu ver. O momento da criação, em qualquer área, é o momento do encontro entre o subjetivo e objetivo, é o estado de repouso, assim denominado por Donald Winnicott. É o momento do encontro consigo, a que muitos psicólogos chamam de self. Nesse estado não há competição, não há preocupação. É uma pena que muitas brincadeiras ainda estejam baseadas na competição. O esporte, com sua profissionalização cada vez maior, perdeu o aspecto lúdico; a violência nos estádios e entre torcidas, fora deles, é um indicativo marcante dessa situação. Quando há objetivos muito rigorosos estabelecidos, cria-se um estado de ansiedade contrário a uma das dimensões da ludicidade que é a tranquilidade.

postagem4- semestre2/2010 - artes visuais

Embora já se tenham passados três anos, não vi muitas modificações na forma como é apresentada a área de Artes Visuais nas escolas. Na escola em que trabalho no município, já dá para ver alguma diferença, mas ainda não chega a se constituir no que se chama uma proposta triangular. A maioria dos professores ainda apresenta as esculturas e pinturas sem comparar a outras, e principalmente sem vincular às questões contextuais, qual o tipo de conjuntura político, socila e econômica da época, e como vemos as situações agora. O trabalho geralmente fica restrito às formas plásticas, à análise da obra de arte. Muitas vezes a reprodução da obra é apresentada como releitura, inclusive. Continuam as qualificações com preferência sempre para as áreas de matemática e português.
Durante o estágio, tive a oportunidade de trabalhar Tarsila do Am
aral e a partir de uma de suas obras, conversar um pouco sobre a realidade das crianças da turma, cuja maioria trabalha em casa para auxiliar na renda da casa. O quadro foi Vendedor de Frutas. Tenho uma ou duas postagens a respeito desse trabalho no primeiro semestre de 2010.
http://peadtcc76103.pbworks.com/w/page/texto-Leonardo-Boff

postagem 3 - semestre2/2010 - PPP- leitura de textos

Ao ler o texto cujo título era PPP, lembrei das leituras feitas, mas o que mais me chamou a atenção foi o comentário da tutora Sibbica, em que ela diz que minha veia militante se reacendeu com os textos... E era verdade, durante esse período de quatro anos, após as discussões sobre a necessidade de melhorias na educação, sempre acabei realizando alguma intervenção prática, em termos políticos, das quais estava tentando me distanciar. Naquele ano, participei da chapa para eleição ao sindicato dos municipários de Taquara. Não ganhamos, mas identifiquei vários companheiros de luta, com os quais não sabia que compartilhava muitas idéias. Nesse momento, aliás, é bom relembrar, pois depois do primeiro turno, fiquei muito angustiada, de ver várias colegas optando por Fogaça e Serra, mesmo que muito insatisfeitos com a Yeda, no Estado. Vê-se que as pessoas não conseguem perceber como se dão as alianças político partidárias; que existem campos diferenciados de proposta política e que embora os nomes apareçam em partidos diferentes, o campo político a que pertencem é o mesmo. Serra e Fogaça=Yeda. A propósito, anda circulando na internet um e-mail contendo um texto de Leonardo Boff, muito bom. Vou procurar o link e colocar no blog.

postagem2 - semestre2/2010 - comparações entre blog, wiki e e-mail

Na época em que fiz a comparação, esses três recursos de comunicação, possuíam um determinado sentido para mim, que aliás está expresso na postagem. Agora, eu diria que o blog se apresenta mais formal, pela razão de que é uma publicação que pode ser acessada por um contingente enorme de pessoas, conhecidas ou não. O pbwiki, que atualmente para nós transformou-se no pbworks, também pode ser acessado, mas nem sempre possui a intencionalidade de que seja assim. Já o blog, quase sempre é construído com essa finalidade, a de ser acessado por outros. O pbworks é um programa que apresenta muitos recursos. A criação de novas páginas é um fator bastante importante na minha escolha de trabalhar um P.A, por exemplo. Podemos classificar, configurar melhor o trabalho, tanto em partes como no todo. Quanto ao e-mail, ainda é o meu preferido para conversar com qualquer pessoa. Não tenho muito interesse na comunicação pelo orkut e outros similares, a não ser para localizar alguém.

postagem 1 - semestre 2/2010 - teias agosto de 2007

Estive relendo as postagens de agosto de 2007, referentes à teia construída por todas a colegas e o Edson. Penso que naquele momento, foi uma forma interessante de aprender vários recursos como a própria construção do blog, que se deu aí, nessa tarefa. Além de procurarmos selecionar o que colocar diariamente, pois deveriam ser informações atrativas para a leitura, precisamos aprender a mexer com os recursos do blog. Pelo menos, para mim, que ainda não tinha o meu, foi uma novidade, realmente. Salvar, publicar, comentar os outros blogs abrir e ler os comentários deixados no meu, colocar as tags, editar. Além disso, foi uma atividade que permitiu maior aproximação entre colegas, de forma lúdica, inclusive. De minha parte, senti curiosidade de ler o que as outras e o Edson havim escrito, e também perceber o estilo de escrita de cada um. Gostei bastante daquela atividade. Esta é uma atividade que pode ser explorada com as crianças, pois auxilia a construção da escrita e a autoria, aláem de propiciar a interação entre elas.