sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Linha do tempo na educação do Brasil

Para mim foi bastante importante construir a linha do tempo na Interdisciplina de Organização e Gestão da Educação, pois além de ser uma forma menos cansativa de estudarmos a trajetória histórica da educação no Brasil, ficou muito próxima a possibilidade de comparação entre as Constituições Federais. Pode-se observar com clareza, como cada período tratou da educação, segundo suas conveniências, do ponto de vista das elites. A Constituição de 1988, ressurge como ápice do grande movimento popular que cresceu, reivindicando direitos e lutando por essas reivindicações. Infelizmente, mesmo nesses tempos pós abertura, muitos princípios ainda não são cumpridos e a grande massa insatisfeita continua aceitando essa situação como irreversível.

Aprendizagem na vida adulta.

Já havia falado sobre esse tema em um fórum da interdisciplina de Psicologia da Vida Adulta. Professores sempre têm a difícil tarefa de compreender profundamente seu objeto de trabalho que é o ser humano, seu aluno ou aluna. Alguns professores trabalham com as diferentes idades, crianças, adolescentes e adultos, ao mesmo tempo. Creio que existe uma tendência para se dedicar a esta ou aquela faixa etária com a qual mais se identifica. Porém, os alunos e alunas na vida adulta, devem trazem dentro de suas peculiaridades alguns desafios que não são encontrados nas outras fases. Aqui nos defrontamos com nossos iguais e, por esse motivo, precisamos estar mais atentos do que nunca quanto aos nossos processos internos de egocentrismo ou descentração, pois a luta pelo espaço dentro da sala de aula, aparece de forma mais acirrada, mesmo que sob uma capa de cordialidade ou qualquer outro tipo de mascaramento. Não se pode esquecer que os adultos em questão, trazem da relação cultural com o mundo do tabalho, muita insatisfação pela necessidade de submissão,que se não devidamente observada, respeitada e externada, pode ser transferida para a figura do professor, identificada como autoridade opressora. Penso que as escolas, no horário noturno deveriam ter um espaço de aprendizado na área de Psicologia e Sociedade, onde os alunos encontrassem períodos reservados para a discussão dessas questões, para que o baraço das emoções pudesse dar frutos mais doces. Enquanto os olhos da escola, direção e docentes estiverem fechados para esta situação, ainda se apresentarão muitos problemas durante o desenvolvimento do processo de aprendizagem dentro da sala de aula.

Regimento Interno

Estudando os instrumentos fundamentais para uma gestão escolar mais democrática, pude compreender melhor a importância do Regimento Interno e sua relação com o PPP. O Regimento Interno, possui a qualidade de assegurar o que está intencionado no PPP, porém, ao serem feitos de modo isolado, cada um em um tempo diferente, nem sempre o RI consegue cumprir seu papel na relação com o PPP. Em muitas escolas, foi construído antes dele, o que lhe impede de dar garantias ao primeiro. Acaba assim, assumindo a postura de imposição quanto ao que o PPP deve postular em termos de educação. Dentro dessa circunscrição dos princípios educacionais, acabamos vendo algumas medidas que deveriam ser tomadas para o avanço da democracia dentro da escola ficarem totalmente estagnadas ou impossibilitadas em sua implementação pela falta de previsão para que esse processo possa ocorrer. É preciso lançar mão de profundas reavalições dos Regimento Interno da escola para que se tenha maior liberdade de ação, e que esta traga benefícios mais rápidos para o avanço do processo democrático.

Velhice

Olhando a apresentação de um dos grupos, em Psicologia da Vida Adulta, que tratava da vida amorosa dos velhos, digamos que confirmei uma forma de pensar quanto ao foco de trabalho a ser desenvolvido com esses. Cada vez mais, penso que se deve buscar situações que os levem a refazer seus conceitos de vida, de moral, e sobre o uso da razão. Me parece que os velhos são olhados somente através da ótica das emoções e do corpo, em decorrência das transormações pelas quais passa. Todo o trabalho, tende a ocupar o corpo, a expandir o campo emocional, como se as pessoas nessa etapa de vida, não pensassem mais, não fossem capazes de emitir opiniões e externar idéias que podem trazer benefícios a uma mudança até de paradigmas, talvez. Por exemplo: Se na juventude, a maioria das pessoas sofre preconceitos quanto a exercer-se sexualmente e amorosamente, na vida adulta, passam a desempenhar um papel contrário, passam a oprimir a nova geração que lhe sucede, para depois voltar a reivindicar liberdade. Creio que o trabalho deveria ser orientado para que haja um rompimento com esse ciclo negativo. Aproveitar o momento para que os velhos, possam reavaliar suas experiências de vida, tentando construir conceitos que poderiam ser um novo norte para a juventude, libertando-a dos chavões, e das culpas pelo desejo, talvez aí, essa juventude pudesse também reconstruir seus valores porém numa perspectiva menos ansiosa, menos voraz, exercendo seu direito ao amor e ao sexo, com mais responsabilidade pelo seu par. Acredito que essa seria uma grande contribuição da velhice.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Importância da apropriação das leis que regem a educação

Considero ainda, bastante incipiente o reconhecimento da importância da apropriação das Leis que regem a Educação no Brasil, por parte dos trabalhadores em educação. Na Constituição Federal, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação e nas Diretrizes Curriculares Nacionais, Estaduais ou Municipais, encontram-se todos os princípios que norteiam a educação em nosso país. Muitos projetos são deixados de lado, por desconhecimento do amparo que a lei pode oferecer. Acostumados a assistirem o desfile de impedimentos verbais e que nem se comprovam, por força de sua auto-desvalorização como profissionais,os professores não se atrevem a realizar nenhuma carga jurídica de resistência. Vejo como extremamente importante, que todos os colegas que já consigam enxergar essas possibilidades, pensem de que maneira poderiam reunir seus colegas para o estudo das leis, e a partir daí, iniciarem a participação em conselhos existentes no seu Município.

PPP

O Projeto Político Pedagógico de uma escola revela sempre qual a visão de sociedade existente por parte do conjunto de profissionais dela, a própria elaboração do documento feita somente a partir deste segmento, na maioria das vezes, com a exclusão do maior interessado que é o educando, já expõe sua posição. Um documento que é discutido sem levar em conta as opiniões de todos os segmentos envolvidos na existência da escola, no mínimo, já traz em seu bojo o germem do autoritarismo. Como tornar motivador o aprendizado daquele que já é considerado de princípio como incapaz de pensar sua vida, sua experiência? Se considerarmos que vivemos um escola que está recém iniciando sua transformação em direção à participação geral, à convivência mais fraterna, mas que ainda está impregnada de valores individualistas, então essa transformação ocorrerá, mesmo que lentamente, por caminhos de amplificação, mas se mascararmos a realidade afirmando que a escola já é democrática, ou está democratizada pela participação de pessoas em uma assembléia ao ano, por exemplo, então ainda teremos muito tempo pela frente para que novos rumos sejam apontados.

Gestão democrática e gestão patrimonialista

Gostei muito de realizar a comparação entre esses dois conceitos de gestão , especialmente no âmbito da escola. Pois ao extrair de nossa própria realidade, como profissionais docentes, os elementos que os compõem pudemos observar o quão distante ainda estamos da democracia em todas as nossas instâncias de vida. Vivemos ainda, extremamente imersos em um estado patrimonialista, dentro do qual a gestão da escola é seu ato social e cultural mais representativo. A forma como acontecem as eleições para diretores, em que procura-se o consenso tempo integral, evita-se o conflito, e se fazem arranjos nas conversas individuais de porta a porta exemplifica muito bem esta situação.Poucas pessoas têm coragem de se lançar para um cargo de direção em meio a esse tipo de articulação. Daí que aquela ou aquele que alcança o cargo inicia com toda a liberdade a implantação de suas idéias, fazendo-as prevalecer de várias maneiras. Por camaradagem, por coersão ou pelas duas alternadamente, mas quase nunca por decisão discutida por um coletivo. Infelizmente, poucos professores têm uma visão dessa ordem; acham normal que seja assim. A camaradagem camufla o estado de opressão. Fica difícil percebê-la, e ainda que não premeditada, ela está presente.

Velhice

Durante o trabalho em grupo, realizado na interdisciplina Psicologia da Vida Adulta, cujo título foi Velhice: resgatando a auto-estima, consegui realizar várias elaborações interessantes. Primeiramente, que os comportamentos na velhice, estão diretamente ligados às histórias de vida de cada pessoa; na realidade eu já pensava um pouco por essa linha, mas me pareceu que confirmei essa tese, pois todos os trabalhos, enfocavam mais evidentemente, ou menos, ou até como um pequeno aspecto, essa afirmação. Segundo, e por conseqüência, deve ser promovido um amplo debate dentro da sociedade, com vistas à superação da visão de que a velhice é uma segunda infância. Embora muitos velhos acirrem suas opiniões e posturas com relação às situações ou temas conjunturais que acabam por caracterizar uma espécie de teimosia frente a outras pessoas, o velho apresenta uma grande diferença da criança, possui imensa bagagem cultural, e um descentramento muito maior do que a criança em seus anos iniciais. A chamada teimosia, ocorre como tentativa de recuperar um tempo em que talvez teve que manter uma atitude de muita submissão para poder continuar sobrevivendo. Geralmente, na área profissional, ou ligada ao mundo do trabalho. Terceiro, também se faz necessário o estímulo, desde a família até os profissionais que lidam com essa etapa da vida, no sentido de participação produtiva intelectual, seja realizando cursos, voltando à faculdade, ou qualquer outro grau e ensino,ou aidna atuando em grupos de debate e reivindicação como associações de aposentados, sindicatos, comitês eleitorais para que possa quem sabe, reparar essa fragilidade instalada por conta de submissão da razão, propiciando que passe a ser testemunho de luta pela vida para os que caminham para a velhice.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

SÍNTESE DE APRENDIZAGENS UTILIZANDO A METODOLOGIA DE TRABALHO COM PROJETOS


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No desenvolvimento da metodologia proposta na interdisciplina Seminário Integrador V , tive a oportunidade de comprovar como se pode aprender com profundidade e em menor período de tempo sobre uma determinada área de conhecimento. A escolha própria do assunto a ser trabalhado, já me causou bastante entusiasmo. Senti fortemente a vontade de entender o tema e buscar as formas de chegar à resposta para a pergunta investigativa que formulamos. Na seqüência, ao assistir diversos vídeos sobre Células Tronco, nosso campo de pesquisa, fui percebendo que o tema se constituía de várias partes, uma científica biológica, através da qual acessei a resposta, uma parte filosófico-ética, e uma jurídica. Ao construir o mapa conceitual, a estrutura da pesquisa foi se delineando, ficando mais clara. Para mim, ficou revelado o corpo do trabalho. O planejamento semanal facilitou a organização das buscas de informação; consegui perceber quais os instrumentos que deviam ser acessados, sites, vídeos, entrevistas, desenhos explicativos, reportagens na TV ou jornais. Além do mais, já deixar estabelecido o prazo para conclusão de cada etapa pareceu-me facilitar meu desempenho e proporcionar um relativo grau de tranquilização de ansiedades.
Ao construir o projeto, percebi o quanto é importante ter esse quadro global para uma compreensão menos equivocada das informações levantadas. Quando se aborda o conhecimento de forma fragmentada, podemos construir conceitos distorcidos.
Com relação às tecnologias tive acesso pela primeira vez a programas como CmapTools, Toondoo, Comics e outros. O que mais utilizei foi o CmapTools e, embora ainda não tenha o domínio total de sua utilização, já posso dizer que domino 70% dessa, contra 0% de antes da realização do Projeto.
Outro aspecto importante, é que se desenvolve uma capacidade grande de síntese. Quanto mais se conhece do assunto, mais fácil é sintetizá-lo.
Em termos de dificuldades, a maior de todas, para mim ainda é a tecnologia, embora, como acabo de afirmar, consegui desenvolver maior habilidade, ao tentar e praticar seu manejo.
Na área de relacionamento do grupo, senti um pouco de lentidão para a comunicação entre nós participantes. Custamos bastante a estabelecer uma relação que facilitasse a compreensão coletiva de como desenvolver o trabalho. Estávamos acostumadas ao trabalho individual à distância ou coletivo com presença, mas acredito que foi superado. Todo o trabalho de grupo entre colegas adultos deve pressupor maturidade, iniciativa, concessões, e falas verdadeiras, sem deixar de pensar que não estamos sozinhos nas conseqüências. Apesar de todos termos vidas diferentes e alguns com mais ou menos tendência para uma área, o importante é termos sempre presente que devemos colaborar auxiliando aos outros. Sob esta ótica acredito que dei 100% de mim. Na relação com tutores e professores, penso que sempre respondi prontamente à tudo o que me foi solicitado, mesmo que ainda não estivesse absolutamente correto. Sempre estive disponível para as correções sugeridas. Da mesma forma, sempre que tinha necessidade, corri a procurar ajuda com as orientadoras, no que fui prontamente atendida. Ainda nos últimos momentos, houve uma problema com a edição da sidebar do nosso grupo e a tutora Maria Del Carmem, auxiliou, com todo o carinho.... meu sincero agradecimento a ela.
No tocante à metodologia, transpô-la para a sala de aula, acredito com sinceridade, trará muitas melhorias na qualidade de motivação e, por conseguinte, de participação das crianças. Sei que o aprendizado ocorreria de forma menos tensa, com mais liberdade e alegria. Sem dúvida trabalhar dessa forma trará aumento no índice de compreensão e interesse sobre outros métodos não participativos, embora como sempre, necessito ser verdadeira e registrar que aos poucos estou iniciando um trabalho assim; ainda não trabalho dessa forma, não por ter medo da relação com os alunos, mas pelas dificuldade encontradas dentro das escolas. Ainda que eu coloque a minha visão sobre educação e metodologias de forma clara e afirmativa, e demonstre em minha prática uma aproximação cada vez maior com o que afirmo, tenho tido uma tarefa de convencimento e de conquista de colegas e direções para essa forma de agir. Nem sempre vale a pena o confronto que traz conseqüências de impedimento e, portanto, retroação na própria prática, com prejuízo para as crianças. Gostaria de acrescentar aqui, que durante a apresentação dos grupos, percebi que realizei mais uma aprendizagem, a de que nosso mapa conceitual final, não era exatamente conceitual, mas uma mapa de processo do desenvolvimento do trabalho. Pude me dar conta dessa situação ao ver os mapas mostrados pelos outros grupos. Teremos então, a tarefa de criar um novo mapa conceitual final.





quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Durkheim e Weber


Achei que seria importante colocar o texto que produzi para semana 6 e 7 de ECS pois pude realizar uma comparação entre os dois pensadores o que me resultou em maior compreensão a respeito de suas idéias.

DURKHEIM E WEBER
Conforme o solicitado como atividades nas semanas 6 e 7, resolvi procurar mais algum texto na Internet e encontrei MAX WEBER – VIDA E OBRA da CULTURA BRASILEIRA© Copyleft LCC Publicações Eletrônicas. Gostei muito da abordagem, pois além de situar sua vida dentro do contexto cultural e socioeconômico, explica bem detalhadamente seus postulados teóricos, comparando-os e diferenciando-os da teoria de Durkheim . Ao final, ainda coloca os fatos em cronologia. Seguem, então, algumas diferenças entre as teorias dos respectivos pensadores.
Émile Durkheim foi identificado com participante da corrente positivista, ou do grupo de teóricos identificados com a identidade fundamental entre ciências naturais e ciências humanas. Max Weber está associado ao grupo dos antipositivistas, que preconizavam a distinção entre uma e outra. Segundo o texto “O modo explicativo seria característico das ciências naturais, que procuram o relacionamento causal entre os fenômenos. A compreensão seria o modo típico de proceder das ciências humanas, que não estudam fatos que possam ser explicados propriamente, mas visam aos processos permanente-mente vivos da experiência humana e procuram extrair deles seu sentido” Para Durkheim um problema poderia ser abordado observando as relações de causa e efeito enquanto para Weber isto não seria possível, deve-se compreender o fato como carregado de sentido, isto é, como algo que aponta para outros fatos e somente tendo este conhecimento poderia ser compreendido. Para o primeiro, o aspecto exterior das ações bastaria para explicar o sentido dessas, para o segundo, só poderia ser compreendido o sentido da ação se considerado os motivos dos indivíduos envolvidos nela. Durkheim defendeu a conceituação generalizadora, que é explicada no texto da seguinte forma: “como revela a própria expressão, retira do fenômeno concreto aquilo que ele tem de geral, isto é, as uniformidades e regularidades observadas em diferentes fenômenos constitutivos de uma mesma classe. A relação entre o conceito genérico e o fenômeno concreto é de natureza tal que permite classificar cada fenômeno particular de acordo com os traços gerais apresentados pelo mesmo, considerando como acidental tudo o que não se enquadre dentro da generalidade. Além disso, a conceituação generalizadora considera o fenômeno particular como um caso cujas características gerais podem ser deduzidas de uma lei”.
Weber criou um conceito diferenciado, o conceito de tipo ideal, que também se encontra explicado no texto: “um processo de conceituação que abstrai de fenômenos concretos o que existe de particular, constituindo assim um conceito individualizante ou, nas palavras do próprio Weber, um “conceito histórico concreto”. Todos os dois pensadores lançaram suas teorias dentro de um contexto de suas respectivas épocas. “ Max Weber nasceu e teve sua formação intelectual no período em que as primeiras disputas sobre a metodologia das ciências sociais começavam a surgir na Europa, sobretudo em seu país, a Alemanha”. (texto da internet. Cultura Brasileira. Max Weber – Vida e Obra).

“A obra de David Émile Durkheim (1858-1917), escrita num momento crucial da sociedade vigente, teve um impacto bastante significativo e acentuado na epistemologia das ciências sociais. Sua visão organicista da sociedade desenvolveu os postulados de Augusto Comte(1798-1857), criando um método novo de estudo dos fenômenos sociais, propiciando, ainda, a consolidação do Positivismo como teoria de explicação social. [...] A peculiaridade da obra de Durkheim encontra-se no fato de que boa parte dela foi produzida enquanto uma contribuição teórica às reformas educacionais que estavam ocorrendo na França de sua época; por isso o interesse de não apenas negá-la, mas estudá-la de maneira crítica”(texto da internet. Pesquisa de Aluísio Almeida Andriolli. Universidade de Maringá – outubro 2004).

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Psicologia do Adulto - aprendizagens-semana 3

O nome de Erik Erikson já me era conhecido, mas confesso que nunca tinha lido algo de suas contribuições à psicanálise. Achei muito interessante o enfoque psicossocial. Seu trabalho em relação a extensão das fases da vida adulta e velhice, me foram muito valiosas para compreender algumas pessoas de minha família e até algums sentimentos que nutro em relação a determinadas situações. Fiquei até um tanto esperançosa da abordagem que seus seguidores têm tido para trabalhar na psicanálise com adultos, quando li em um dos textos que podem ser mobilizadas questões que tangem diretamente à idade adulta sem ter que ficar remoendo questões trazidas da infância. Claro, que as continuo julgando como muito importantes ,mas também partilho do pensamento que nem tudo vem exclusivamente desta fase. Na medida que o indivíduo cresce, penso que existem inúmeros conflitos que se desncadeiam a partir da fase vivenciada. Outra questão foi o cuidado de não provocarmos desestabilização em nosso alunos que vem com confiança para escola e no lado oposto, podermos ser um pólo de orientação para a retomada desta, na própria escola.

domingo, 17 de agosto de 2008

ORGANIZAÇÃO E GESTÃO aprendizagens -semana2

Nesta interdisciplina o que compreendi dos conceitos estruturantes foi colocado no quadro 2, por isso, achei por bem postá-lo aqui.
DEMOCRACIA
É o real exercício da igualdade dos direitos políticos que deve ser garantido pela intervenção do Estado sobre quaisquer desigualdades ou relações de opressão e exploração nas mais diversas esferas.. É a realização dos direitos e não mera formalização dos mesmos.
ESTADO
Aparelho histórico, concreto, de classe. Executa políticas para a sociedade conforme os interesses da classe que representa dentro desta
GLOBALIZAÇÃO
Estratégia de superação da crise do capitalismo que busca a expansão dos mercados financeiros através da aproximação via tecnologias de comunicação e que tem como objetivo único o aumento de lucro, desconsiderando os ônus sociais na escalada para sua consecução.
PARTICIPAÇÃO:
Via de apropriação das discussões em torno da organização da sociedade, objetivando assegurar a igualdade de direitos políticos.
NEOLIBERALISMO
Estratégia de superação da crise do capitalismo que propõe a menor intervenção possível do Estado nas relações de exploração e opressão originadas pelas leis do livre mercado retirando-o do papel de executor de políticas sociais, recolocando-o como avaliador e repassador de dinheiro para o cumprimento das decisões do mercado financeiro. Privatização do Estado. -
POLÍTICA
Forma de proposição de uma ideologia de classe à toda a sociedade buscando sua legitimação para a conquista do poder. Pode ser feita de forma coercitiva ou através de canais democráticos.
POLÍTICAS EDUCACIONAIS
Concepções políticas, econômicas e sociais originadas de uma classe social, implantadas e implementadas pelo Estado sob forma de programas e projetos na área de educação objetivando hegemonização das mesmas e conseqüente sustentação.
POLÍTICAS PÚBLICAS
Programas e projetos implementados pelo Estado com objetivo de superar desigualdades sociais que revelam qual a concepção de sociedade por parte desse.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Aprendizagens consolidadas durante a preparação e apresentação do workshop -1º semestre 2008

No primeiro workshop que apresentei, fiz a apresentação em PowerPoint. Na época não consegui imprimir animação. Neste segundo, aprendi a aplicar animação. Percebi porém, que ainda preciso continuar exercitando a busca dos recursos no computador, pois as colegas colocaram imagens de fundo e até músicas, e eu só usei o ppt. Nesta banca houve a introdução de mais um ítem que foi a realização da pergunta por parte das colegas e dos professores. Achei bom pois permitiu algumas discussões e revisão de conceitos dentro da área de Estudos Sociais. Outra situação interessante que reparei foi com relação às colegas, pois como temos ficado no mesmo grupo, percebi que todas estavam mais a vontade, mesmo com temor da apresentação. Houve aproximação entre as colegas.

Aprendizagens consolidadas na elaboração da reflexão-síntese do 1º semestre de 2008

Durante a elaboração do Portifólio de final de semestre, revisei vários texto propostos pelos professores de todas as interdisciplinas. Percebi que este é um momento de fechamento de conceitos. Todos os que foram trabalhados em sala de aula, e entendidos teoricamente, neste momento da revisão parecem sedimentar. Com relação ao espaço e tempo, olhar a tabela feita por solicitação da Interdisciplina de Estudos Sociais onde aparecem os estágios de desenvolvimento Piagetianos e como se constroem na criança as noções de tempo e espaço, em meio a este processo, me fez pensar na necessidade de aprofundar o conhecimento a respeito destes estágios para que possa procurar atividades adequadas, logicamente não tornando-os estáticos e estanques, pois sabemos que os mesmos se entrelaçam muitas vezes. Já havia falado no portifólio sobre a visão clara do que seja interdisciplinaridade, que os professores estão conseguindo passar no agrupamento das áreas de conhecimento, mas ficou mais evidente, quando tentando demonstrar a apropriação de conceitos, precisei visitar trabalhos dos semestres anteriores, como por exemplo Psicologia ou Ludicidade. Pude confirmar enfim, que este é um momento de muita aprendizagem pois acabamos relendo as teorias e revisando os trabalhos que realizamos por escrito e na prática, em aula . A reflexão torna-se mais aprofundada pois passamos por várias vivências até ali, vinculando teoria e prática.

domingo, 10 de agosto de 2008

Planejamento de uso do tempo

Ao construir a tabela, percebi claramente que o meu tempo de lazer é o menor de todos. O mais fácil de registrar foi o TR pois este significa nossa prática de aula. Como trabalho dois turnos fico das 7:30h até 11:30 ocupada com a atividade TR e depois das 13:15 às 17:15 também. O que varia é a hora em que levanto, pois se tomo banho pela manhã preciso levantar mais cedo, assim como em relação à Júlia minha filha que sai junto comigo pois estuda na 5ª série da mesma escola em que dou aula. As 7:00h, portanto, estou em pleno deslocamento até a parada de ônibus que passa às 7:15. Neste turno, saio às 11:30h, mas tenho que esperar a Júlia que solta às 11:50. Pegamos carona com uma colega ou o ônibus e vamos para casa almoçar. Aliás o almoço tem que estar preparado ou semi-preparado na noite anterior ou não conseguimos comer com calma. Só engolir a comida não é possível. Preciso de pelo menos 10 minutos de descanso. Porém, conforme o tempo climático, muitas vezes tenho que estar colocando roupas no arame para secar ou recolhê-las aproveitando o sol. Algumas vezes nesse intervalo para almoço, tenho que ir ao centro para pagar contas e passar em banco, pois muitas vezes não pego lojas abertas na saída da escola. Quase todas as tardes tenho que passar na padaria para comprar pão, leite ou alguma fruta... ou às vezes ir ao centro novamente para passar em alguma farmácia ou comprar alguma coisa de que necessito. À noitinha quando chego, já vou arrumando alguma coisa dentro de casa e colocando mais roupas para lavar a fim de estendê-las no outro dia. Deixo a Júlia usar o computador para conversar no msn, enquanto tomo banho ou preparo algo para comermos(se ela não tem temas fica mais tempo) depois vai fazer os temas e eu auxilio no que precisa. Estudamos matemática ou outra matéria. Depois preparo minhas aulas para o outro dia. Em torno das 20h me dedico a ler os textos, responder e-mails, participar de fóruns, realizar as tarefas, ou seja, até a meia-noite dedico ao PEAD. Semestre passado não consegui manter o propósito pois estive muito sensível em termos de saúde, fazendo muitas bronquites e como não dormia direito à noite, sentia muito sono, e ia dormir mais cedo. Neste semestre, terei o acréscimo de levar a Júlia, todas as 5ªs feiras para um atendimento psicológico, que acontecerá no período do meio-dia até a uma da tarde. Aí terei de correr mais um pouco, para chegar ás 13:15 na escola. Aos sábados, dedico pelo menos toda a manhã para arrumar a casa. Pois não consigo dar conta durante a semana. As vezes consigo alguém para limpeza. À tarde, durmo, leio, saio, vou até minha mãe e à noite vejo filme. Domingo durmo até mais tarde se não tem algum passeio, aí vou ver minha mãe e de lá visitamos meu pai que está em um lar para idosos. Como não consigo durante a semana, sempre vou aos domingos. À noite preparo aula para 2ª e retomo o PEAD. Neste semestre creio que conseguirei manter meus trabalhos em dia, pois consegui comprar um computador que tem muitos recursos. No semestre passado, tinha que estar correndo para lan house a fim de conseguir realizar algumas tarefas, já que o computador que usava já era muito antigo. Não achei difícil realizar a tabela, ela se manteve mais ou menos como a tabela inicial com acréscimos. Revisar nossa organização de tempo é importante pois nos permite retomar o comprometimento com o tempo dedicado ao PEAD. Meu tempo de lazer é que anda bastante escasso, talvez tenha que me reabastecer neste aspecto para poder equilibrar os outros.

sábado, 7 de junho de 2008

SI-IV

Neste SI -IV pude visualizar a importância do auto-planejamento. A noção de que se deve realizar um auto-aperfeiçoamento de forma contínua não é nova para mim, pois sempre leio muito e converso muito com colegas que cursam outras faculdades. Porém, o que há de novo é que devemos planejar para isto e ainda a idéia de criar grupos de discussão e estudo com pessoas que também tem este interesse. No meu pllanejamento inicial, para este semestre, ainda coloquei necessidades muito individuais, mas que preciso satisfazer para a própria faculdade no momento.

TICS

Na interdisciplina TICS, pude aprender sobre a escrita colaborativa. Achei bastante interessante examinar o que já havia sido escrito pela colega e, após ler textos sobre o assunto em questão, dar continuidade ao texto, de forma que houvesse um mesmo sentido de abordagem. Demanda bastante vontade, pois não é exatamente difícil. Temos que nos disponibilizar em focar atenção para interpretar, o mais corretamente possível, o que foi escrito anteriormente. Outra situação de aprendizado ocorreu ao saber que também na área das tecnologias existem profissionais discutindo as concepções de aprendizagem a partir dos recursos desta, em uma perspectiva libertária, onde não é a máquina o centro , mas sim o ser humano que a utiliza. Eu ainda trazia , por falta de informações, uma visão preconceituosa à respeito do tema.

REPRESENTAÇÃO DO MUNDO PELOS ESTUDOS SOCIAIS

Nesta interdisciplina, percebi a importância clara de procurar planejar desde o início de forma que o aluno acesse suas memórias. Através delas podemos construir com mais facilidade as noções de espaço e tempo e trabalhar de forma mais integrada. Sempre trabalhei com a identidade das crianças, mas levá-los às suas lembranças que se dão através da memória de seus familiares não havia trabalhado tão intensamente. Muitas vezes fica-se trabalhando a parte de geografia dos Estudos Sociais sem vinculá-la a esta identidade construída por memórias.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Ciências Naturais

Lendo os textos do módulo 1, na interdisciplina de Ciências Naturais, percebi o quanto ainda trabalho de uma forma que revela uma concepção tradicional de apresentação de conteúdos nesta área. Apesar de tentar apresentar atividades que sejam atrativas às crianças, ainda falta um encadeamento de planejamento no sentido de considerar suas hipóteses e problematizar para que elas tentem elaborar conceitos, tomando em conta suas experiências no cotidiano. No módulo 2, o trabalho com luz e sombra, de uma forma tão fácil me trouxe clareza à respeito disso. Vejo também, que tenho que procurar mais, autores com esta visão de autonomia por parte da criança, pesquisar mais sobre a historicidade das ciências.

Matemática

Uma aprendizagem importante para mim foi o conceito de campo aditivo e o entendimento da necessidade de as crianças realizarem contas de cabeça. A pesar de falar muito na importância de estimular o raciocínio lógico, me dei conta de que ficava muito centrada no algorítmo. Incidindo muito nos passos da conta, nas regras. Embora já tentasse trabalhar com charadas, material manipulativo concreto, não percebia o quanto focar somente na escrita correta da conta pode estar tolhendo a capacidade de raciocínio das crianças. A possibilidade de realizar mais associações e permitir as crianças fazerem seus registros da forma que lhes parece mais fácil, conhecida e confiável me deixou mais aliviada no sentido de conseguir acreditar mais na capacidade da própria criança.

domingo, 6 de abril de 2008

Reflexões sobre as linhas de tempo de colegas e da minha.

Tive a oportunidade de ler as linhas de tempo das colegas Isabel Cristina Machado, Sirley Wolschick de Souza e Ana Adállia Mena da Silva. O que percebi em comum , foi um vínculo familiar muito forte, com a crescente construção da vida pessoal de forma bastante saudável. No entanto, enquanto as "grandes decisões são tomadas no país, no caso sobre tecnologias em educação, no dia a dia todas elas viveram sem ter acesso a estas decisões.Tudo fica restrito a uma faixa intelectual privilegiada, ainda que no papel aprosposta fosse outra. A ùnica excessão foi Isabel que ainda teve acesso em seu emprego. Da mesma forma, minha trajetória de vida pessoal se deu à margem do desenvolvimento tecnológico, ainda que estivesse sempre voltada para a democratização de todas as áreas que tangem ao desenvolvimento humano. Só vim a ter contato sistemático com computadores quando fui diretora do Museu Arqueológico do RS no Governo Olívio, em nível Estadual.

sábado, 5 de abril de 2008

XTIMELINE -LINK

http://www.xtimeline.com/timeline/Tecnologias-da-Inform-225-tica-em-Educa-231-227-

Para mim foi um pouco complicado realizar a linha do tempo. Infelizmente não pude recorrer ao pólo e tentei me virar sozinha. eu já havia feito toda a comparação na própria xtimeline, com datas, mas fiz numa página em que aparecia o texto corrido, uma data embaixo da outra. Já havia feito isso dia03 .04, mas não conseguia colocar na linha propriamente dita. Desde ontem à noite que decidi experimentar todos os comandos até que achei os corretos. Foi cansativo, mas fiquei contente, pois consegui colocar em ação o pensamento dedutivo. Realmente a vontade de aprender e a necessidade são boas aliadas. Isto me remete ao aprendizado das crianças, os temas que lhes tocam a necessidade puxam para cima a vontade de aprender e o aprendizado acaba acontecendo.

Aprendizagens no processo de apresentação do Portifólio 2007

Após ter configurado várias aprendizados comentados no texto anterior, a necessidade de fazer uma apresentação mais compacta, por força do tempo, mas que fosse objetiva e compreensível me introduziu na aprendizagem de utilização de Power Point com o qual nunca havia lidado. Tive que procurar assessoria em uma lanhouse, mas depois consegui sozinha. Aquela forma de apresentação me deu mais confiança para articular minha fala de forma sucinta. Percebi que ao ler alguns pontos chaves, no momento, os pensamentos fluíam. Durante a apresentação das colegas, pude observar como qualificar uma próxima apresentação, como por exemplo, utlizar letras grandes para que os outros participantes pudessem acompanhar, colocar fotos e imagens também maiores. Apresentar em ítens evitando muita escrita. Além dessa área tecnológica pude registrar várias formas de trabalho com as crianças e que ainda não haviam aparecido em outras instâncias de trocas, anteriormente.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Aprendizagens no processo de construção do Portifólio 2007

A contrução do ´Portifólio de Aprendizagens em 2007 propiciou-me uma parada para realmente refletir sobre interdisciplinaridade. Me dei conta da forma como nos estão sendo disponibilizados os agrupamentos de interdisciplinas a cada semestre.Existe uma preocupação em que estejam relacionadas para que possam explicitar este conceito. Na minha percepção, o campo da ludicidade permeou todas as outras áreas, mas realmente só conclui isso ao reler os textos que já havia estudado e que continham as visões de Piaget, Vygotsky e Freud sobre o significado do lúdico na vida do indivíduos. As releituras associadas às práticas que havia realizado com as crianças assim como às falas feitas nos diversos fóruns me propiciaram vários insights.Aliás esta foi outra aprendizagem; a relevância que os fóruns têm apresentado. Através deles temos acesso a todo tipo de problemas e sucessos no processo ensino-aprendizagem, especialmenter no que tange à relação professores-alunos. Conseguimos, digamos assim, universalizar alguns temas que nos pareciam tão particulares. A constatação de identidades ou grandes diferenças no modo como cada professor age, nos conduz a um mundo de reflexões importantes que contribuem para mudanças bastante grandes na nossa "conduta" como professores. Muitas falas das colegas me tocam profundamente, me questionando e abrindo possibilidades de melhorar minha atuação em aula. Eu diria que observo um caminho claro de construção de uma práxis. A teoria iluminando nossa prática ao mesmo tempo que essa, a partir da discussão socializada remete modificaçãoes à teoria.

TEXTOS

Mais uma vez criei um novo blog, em razão dos vários problemas acontecidos em 2007. Vários tutores e monitores acompanharam a situação. Então, agora criei um novo e-mail, para ver se o problema fica resolvido Enviarei