sábado, 19 de dezembro de 2009
MONTESSORI
DIDÁTICA
Gostei demais de conhecer a filosofia dos grandes pedagogos que nos foram apresentados na interdisciplina de Didática. Já havia lido algo sobre eles, mas agora, pude me inteirar melhor. Freinet sempre me despertou entusiasmo. Embora, sendo repetitiva, sempre fico atônita como a ideologia das classes dominantes consegue abafar tão completamente idéias como as dele. Há alguns anos, apenas, conseguimos ouvir falar de suas teorias que já possuem muito mais de 100 anos!!! Suas aulas passeio me encantam, e sempre fiz isso com meus alunos. Realizar saídas para verificação de algumas opiniões que as crianças expressam em aula e a partir delas conseguir analisar vários outros elementos. Podem-se iniciar muito bons projetos através da observação da sua própria realidade circundante. Os cantinhos, infelizmente nunca pude realizá-los pois, as salas de aula por serem muito pequenas e cheias de alunos não comportam a estruturação dos mesmos. Além disto, nos falta muito material; só o que nós professores conseguimos trazer para sala de aula. Já tive oportunidade de trabalhar a correspondência, mas as análises feitas a partir dela não foram bem conduzidas. Realmente é uma oportunidade muito boa para se desdobrar a alfabetização e o letramento.
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
DIDÁTICA
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
EJA
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
DIDÁTICA e EJA
LINGUAGEM E EDUCAÇÃO
LIBRAS
domingo, 11 de outubro de 2009
Seu nome é Jonas
DIDÁTICA
EJA
Seminário Integrador.
LINGUAGEM E EDUCAÇÃO
sábado, 12 de setembro de 2009
LIBRAS
Achei muito interessante a aula de LIBRAS; pude revisar algumas questões que havia visto no curso que fiz pela FADERS, no ano de 2000. Especialmente, julgo importante o entendimento da identidade e da cultura de surdos. Tive a oportunidade, na época em que fiz o curso já citado, de visitar a sociedade de surdos que fica situada próxima ao Jardim Botânico em Porto Alegre. Fizemos nossa finalização do trimestre conversando com surdos que frequentam o local. Uma moça, na ocasião me relatou da dificuldade que teve com sua família, pois como possuía um pouco de audição, sua mãe desejava que ela oralizasse. Não lhe propiciava contato com outros surdos. Ela sentia-se tímida e tinha dificuldades de se relacionar, pois não conseguia expressar-se com naturalidade, e sua voz saía alterada. Quando cresceu. procurou sua identidade junto a grupos de surdos e aprendeu LIBRAS. Naquele momento, sentia-se a vontade para dizer que estava muito mais feliz e também havia casado. Sua autoestima tinha aumentado muito. Sua expressão era muito mais espontânea do que antes. Trabalhar contra o preconceito é ainda bastante necessário, muitas vezes pensamos que as pessoas já tem uma compreensão diferenciada, e no entanto ainda há muitos problemas relacionados a aceitação do surdo em sua família.
domingo, 6 de setembro de 2009
EJA
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Lendo Comênio
sexta-feira, 10 de julho de 2009
indios II
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Indios
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Kant
“Deve, por fim, cuidar da moralização. Na verdade, não basta que o homem seja capaz de toda sorte de fins; convém também que ele consiga a disposição de escolher apenas os bons fins. Bons são aqueles fins aprovados necessariamente por todos e que podem ser, ao mesmo tempo, os fins de cada um.”
“não se deve educar as crianças segundo o presente estado da espécie humana, mas segundo um estado melhor, possível no futuro, isto é, segundo a idéia de humanidade e da sua inteira destinação. Esse princípio é da máxima importância. De modo geral, os pais educam seus filhos para o mundo presente, ainda que seja corrupto. Ao contrário, deveriam dar-lhes uma educação melhor, para que possa acontecer um estado melhor no futuro.”
“É preciso dar liberdade à criança desde a primeira infância e em todos os seus movimentos (salvo quando pode fazer mal a si mesma, como, por exemplo, se pega uma faca afiada), com a condição de não impedir a liberdade dos outros, como no caso de gritar ou manifestar a sua alegria alto demais, incomodando os outros. 2. Deve-se-lhe mostrar que ela pode conseguir seus propósitos, com a condição de que permita aos demais conseguir os próprios; "
Considero importante colocar aqui alguns trechos dos escritos de Kant, pois eles revelam o seu conceito de autonomia. Acredito que esse não seja um conceito facilmente compreendido dentro da educação, por parte do conjunto docente das diversas escolas públicas. A autonomia vai se constituindo na medida em que outros conceitos vão encontrando seu espaço dentro dela. O sentido da cooperação, expresso no ítem 2 do último trecho. A consciência de que todas as nossas ações repercutem também sobre os outros; expresso no penúltimo trecho. A definição de grupo, de identidade, de indivíduo, e a perspectiva de futuro expressa no 3º trecho. A relação entre indivíduo e sociedade; expressa no 2º trecho e a importância do desenvolvimento da razão, ou seja da capacidade de pensar todas as relações nas quais está inserido sejam elas com os objetos, ou com outros indivíduos. Acredito que deveriamos debater incansavelmente sobre o significado de todos esses aspectos dentro da visão autônoma, como educadores; talvez aí iniciássemos novas trilhas de aprendizagens para as crianças e para nós mesmos como profissionais de escolas públicas frente ao Estado. No município de Taquara, finalmente um grupo de professores está se dedicando a construção de um Sindicato de Professores; vejo nesse espaço uma possibilidade de participação colaborando para a reflexão politico-pedagógica.
Adorno
quinta-feira, 11 de junho de 2009
PSICO II
Análise.
No texto de Piaget, “Os estágios de desenvolvimento intelectual da criança e do adolescente” está colocado: “é necessário que primeiramente a ordem de sucessão das aquisições seja constante. Não a cronologia, mas a ordem de sucessão.” E mais adiante: “essa cronologia é extremamente variável; ela depende da experiência anterior dos indivíduos e não somente de sua maturação, e depende principalmente do meio social que pode acelerar ou retardar o aparecimento de um estádio, ou mesmo impedir o aparecimento de sua manifestação.” Ao ler esse texto, e observar minhas turmas, acabei fazendo a comparação de estádios em que se encontram e principalmente constatei o que já venho afirmando sempre, que o meio social pode não ser determinante, definitório, como alguns afirmam, mas ele prepondera. E acima de tudo gostaria de clarear que devemos entender o meio social como constituído por componentes culturais e econômicos. A própria cultura é permeada pela condição econômica. Certamente estou sendo repetitiva, mas ainda não fui convencida do contrário. Além disso, penso que se as crianças não podem expressarem-se em casa de forma harmônica, que se não existe o diálogo em casa, e que se a escola não abre espaço para que falem, não há como se desenvolver a linguagem, extremamente necessária para o desenvolvimento mental, para a construção das estruturas e esquemas de assimilação e acomodação. Por consequência, o desenvolvimento da escrita também pode ficar prejudicado. Para finalizar, preciso colocar que não estou me mantendo somente no nível das análises e constatações, mas tenho tomado medidas efetivas para auxiliar as crianças em seu desenvolvimento e uma delas é o início da realização de avaliações semanais, com a turma, sobre todos os aspectos da aula, a fim de que consigam aprender a falarem melhor, argumentarem e assim, sentirem-se ouvidas e com poder de decisão.
PSICO II
Na escola E.M.E.F. encontram-se 25 crianças dentro da sala. Doze delas variam suas idades de onze a quatorze, já quase quinze anos. A outra metade da turma situa-se na faixa dos dez anos. A grande maioria delas apresentam famílias em que um dos pais ou ambos estão desempregados ou prestam serviços temporários. Falta-lhes alimentação, em casa, a maioria vem para aula com febre, dor de dente, de cabeça, garganta, além de outras doenças contagiosas como hepatite, caso que aconteceu esse ano com um dos alunos e que foi detectado por mim. Essas crianças têm carência de roupas, brinquedos, não possuem computador, nem aparelhos de CD, uma ou outra criança, somente. A maioria dos pais não consegue vir à escola saber de seus filhos ou não se interessa realmente. As crianças, quase não tomam banho, e no turno oposto ao escolar, ficam pelas ruas, vão à rios, arroios, tomar banho sozinhos, ou cuidam dos irmãos. Nem sempre auxiliam na casa. Em casa, muitos pais (homens), bebem, o casal briga muito e até comete atos de agressão, algum familiar, irmão, tio, pai, está envolvido com drogas e todos brigam muito com as crianças, inclusive batendo nelas, ou na outra polaridade, não se importam com o que fazem. Em aula, a maioria delas apresenta-se no estádio operatório concreto, mas recém entrando nele. Mesmo os de quatorze anos. Além do mais percebe-se características de estádios anteriores. São pouco cooperativos, só se acalmam sob ordens severas, (o que me causa muita tristeza), agridem-se muito, discutem sem conseguir argumentar, ficam afirmando ou contra-afirmando: é X não é, sei X não sei ( estádio das representações pré-operatórias). Sentem muita vergonha de falar em frente aos outros, gostam de dançar e cantar, mas encenar, não muito. A escrita apresenta muita dificuldade. Muitas vezes, de cinco palavras escritas, todas possuem erro ortográfico. Não articulam início, meio e fim e ficam se repetindo, daí, daí, daí e repetem a mesma frase, todinha.
PSICO II
PSICO II
Sob o enfoque Piagetiano, cada vez mais identifico situações em sala de aula, não observando somente agora, as duas 4ªs séries para as quais leciono, mas relembrando as turmas de 1ª série, 2ª e 3ª, assim como no ano passado o 1º ano, onde as crianças estavam na faixa dos seis anos de idade. Especificamente, nas 1ªs séries e mais ainda no 1º ano, entendi a “conversalhada” que faziam o tempo inteiro, durante todo o período de aula, seja na rua, no pátio ou dentro da sala. Apesar de muitos anos trabalhando com os pequenos, comecei a perceber que conversavam cada vez mais. Algumas vezes cheguei a pensar que eu já estava muito cansada e, que por isso estava exagerando em minhas observações, mas não, Piaget através de seus escritos me fez ver que realmente essa característica é própria dessa idade. Ele se refere a isso como um “monólogo coletivo”, em que as crianças estão mutuamente se excitando à ação, mobilizando seus esquemas interiores, assimilando as situações que vivencia e acomodando essas assimilações com o auxílio da fala, ainda que pareça estar dialogando com seus coleguinhas. Certamente o diálogo está acontecendo, mas subjacente a ele, o que existe é um monólogo. Confesso que fiquei mais aliviada, pois como trabalhava quase sempre em grupos, a aula estava sempre agitada, o que atraia “olhares fiscalizadores de disciplina” sobre a turma e a mim. Pelo menos não pequei tanto com eles. Conseguiram este espaço tão importante e com exceção de quatro deles, todos saíram lendo e escrevendo do 1º ano e brincaram muito, também. Gostaria de ressaltar que esse aspecto se encontra na análise da socialização da ação em Piaget.